Quatro homens foram condenados hoje a vários anos de prisão por incitar ao assassinato ou fomentar o ódio racial durante uma manifestação em Londres contra a publicação de charges do profeta Maomé, informaram fontes judiciais.

Mizanur Rhman, de 24 anos; Umran Javed, de 27, e Abdul Muhid, de 24, foram condenados a seis anos de prisão cada um por incitar ao assassinato durante o protesto, realizado em 3 de fevereiro de 2006.

Um quarto homem, Abdul Saleem, de 32 anos, foi sentenciado a quatro anos de prisão por incitar ao ódio racial durante a manifestação, que saiu da mesquita de Regents Park e foi até a Embaixada da Dinamarca em Londres.

Em um julgamento realizado no tribunal penal de Old Bailey, Muhid foi considerado um dos organizadores do protesto.

O jovem liderou uma multidão que cantava “Bombardeiem, bombardeiem o Reino Unido” e fez cartazes com frases como “Aniquilem aqueles que insultam o Islã”, segundo a acusação.

Durante o julgamento, Muhid disse que sua intenção era mostrar “a dor e a angústia” sentida pelos muçulmanos quando um jornal dinamarquês publicou as caricaturas.

No entanto, a acusação considerou que o verdadeiro motivo do protesto foi incitar ao terrorismo.

A publicação de charges do profeta Maomé, primeiro no jornal dinamarquês “Jyllands-Posten” e depois em outros diários europeus, gerou vários protestos de muçulmanos no mundo todo.

Em uma das caricaturas, o profeta aparecia com um turbante em forma de bomba.

Fonte: EFE

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