O Comitê de Rabinos de Judéia e Samaria (Cisjordânia), que rejeita o processo de paz com os palestinos, pediu neste domingo a intensificação dos protestos nos dias da visita que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fará esta semana a Israel.

Os rabinos, que vivem nos assentamentos judaicos da Cisjordânia, convocaram ativistas e simpatizantes dos partidos da direita ultranacionalista a se unirem aos colonos nas manifestações organizadas contra o Governo do primeiro-ministro Ehud Olmert durante a visita de Bush.

“Nós o receberemos com as honras que ele merece e eu o deixarei a par de todos os assuntos de segurança e de economia, além de tudo o que for importante na ordem do dia”, disse Olmert ontem pela manhã no início da reunião semanal de ministros.

Num comunicado, o Comitê de Rabinos diz: “Não deixaremos que a publicação das decisões do desgastado chefe de Governo passe em branco”.

Os religiosos se referiram à disposição de Olmert em desapropriar dezenas de assentamentos construídos sem autorização do Governo e em ceder grande parte da Cisjordânia para a criação de um Estado palestino.

Os rabinos compararam a determinação de Olmert para que toda nova obra em território palestino seja aprovada com o Livro Branco sobre o mandato britânico na Palestina (1918-1948), que limitou a imigração de refugiados judeus da Europa durante e depois da II Guerra Mundial e ainda proibiu a aquisição de terras pela liderança sionista.

Na quarta-feira, Bush iniciará uma visita a Israel e aos territórios palestinos para fazer avançar as negociações de paz entre as partes, retomadas em dezembro, na conferência de Annapolis (EUA).

A primeira manifestação de protesto contra o Governo de Olmert foi marcada para terça-feira, antes da chegada de Bush, e acontecerá na entrada do assentamento de Har Homah.

Segundo o comunicado do Comitê de Rabinos de Judéia e Samaria, os manifestantes sairão de Har Homah colocando pedras fundamentais de novas construções em locais que o Governo prometeu evacuar.

Há uma semana, em declarações ao jornal “Jerusalem Post”, Olmert deu a entender que Israel terá que “compartilhar” Jerusalém com um futuro Estado palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Fonte: EFE

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