Na esteira da eleição de Barack Obama como presidente dos Estados Unidos, o racismo é cada vez menos aceitável no país, mas, de forma inconsciente, ainda desempenha um papel importante na política e na sociedade, afirmou o Instituto para o Futuro da América.
Obama fez história quando, em novembro do ano passado, foi eleito o primeiro presidente negro dos EUA.
A eleição do governante demonstra quanto o país progrediu para superar as divisões raciais existentes, indicou o instituto em comunicado.
No entanto, o órgão explicou que a discriminação inconsciente ainda existe na hora de tomar decisões e adotar novas estratégias.
O instituto ressaltou que, para analisar quais são os efeitos dessa discriminação, iniciou um projeto de estudo chamado “Americanos pelos valores americanos”.
“A igualdade e a justiça raciais são valores apoiados pelos americanos, mas esses valores são prejudicados pelas discriminações ocultas”, indicou John Powell, diretor do Instituto Kirwan para o Estudo da Raça e da Etnicidade.
Ele afirmou que o estudo ajudará os americanos a compreender melhor a discriminação e a forma de evitá-la.
“A eleição do presidente afro americano nos ajudou a olhar para nós mesmos com novos olhos. No entanto, seguimos lutando como uma sociedade dividida pela raça”, disse Robert Borosage, um dos diretores do instituto.
O projeto será realizado no decorrer de dois anos e seu objetivo é identificar todas as formas de discriminação racial implícita e o que a motiva, disse o instituto.
Fonte: EFE