Opor-se ao bloqueio econômico que os Estados Unidos impõem a Cuba há mais de 40 anos é um imperativo cristão, declarou o reitor do Seminário Evangélico de Matanzas, Reinerio Arce, no Fórum Pastoral Cubano, realizado em Havana na segunda-feira, 23.
Instituições religiosas aproveitaram o Fórum Pastoral Cubano para responder ao secretário geral do Conselho Ecumênico da República Checa, Jitka Klubalova, que defendeu o cancelamento do apoio aos cristãos que contêm com respaldo do governo, em alusão ao Conselho de Igrejas de Cuba (CIC).
O que moveu o Conselho Ecumênico da República Checa a fazer “declarações mentirosas e intervir em assuntos de Cuba” não foi o amor, mas a submissão e entrega a um amo a quem quer agradar, declarou o presbítero Rafael Columbié na segunda edição do Fórum Pastoral Cubano, reunido na Catedral Episcopal da Santíssima Trindade.
Para Reinerio Arce, essa atitude desrespeitosa contrasta com a de outras igrejas que apoiaram os cristãos cubanos sem ingerência alguma. Ele agradeceu o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) por seu acompanhamento.
O bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba causou sofrimento e morte durante mais de quatro décadas ao povo cubano, lembrou Arce. Por isso, “é um imperativo cristão opor-se ao uso de sanções econômicas não apenas contra o nosso país, mas contra qualquer nação do mundo, porque elas vão contra os fundamentos da ética cristã”, disse.
A atitude de Klubalova constitui uma adesão à política agressiva dos Estados Unidos contra Cuba, afirmou o diretor do Centro Memorial Martin Luther King Jr., Raúl Suárez.
O reverendo Odén Marcihal destacou que o Conselho Ecumênico da República Checa é quem está sob o controle do governo, e não antes, mas agora, como prova relatório da Agência Central de Inteligência (CIA). Kublanova só defende, pois, um projeto estadunidense, e é no seu pais onde as relações Igreja-Estado não estão bem, disse.
Fonte: ALC