Várias revelações estão nas 240 páginas de “Morri Para Viver”, biografia que chega nesta segunda (17) às livrarias com tiragem de um milhão de exemplares.

“Morri Para Viver” (Editora Planeta, R$ 36,90), biografia da modelo de 27 anos que chega na segunda (17) às livrarias com tiragem de um milhão de exemplares, quantidade superior à dos livros “Harry Potter”.

A obra, a que a Folha teve acesso em primeira mão, só perde em tiragem nos últimos anos para o terceiro volume da biografia do bispo Edir Macedo, com 1,7 milhão de cópias. Não por coincidência, ambos os livros são dos mesmos autor e editora.

A biografia foi escrita por Douglas Tavolaro, vice-presidente de jornalismo da Record. O novo lançamento é fruto de um esforço hercúleo do canal de transpor para o papel, cinco meses depois da alta, o suplício que Andressa passou ao quase morrer por causa de substâncias proibidas que injetava no corpo para ficar mais curvilínea.

Um repórter investigativo do canal foi enviado à casa da família da modelo, em Porto Alegre, onde encontrou diários de adolescência em que ela relata ter sido abusada.

[img align=right width=300]http://f.i.uol.com.br/f5/geral/images/1521366.jpeg[/img]A voz narrativa é da pecadora redimida pela Igreja Universal do Reino de Deus —na dedicatória do livro, lê-se: “Ao Deus da Universal, que me salvou. O meu Deus”.

A editora Planeta enviou à Folha uma declaração assinada por um executivo da gráfica RR Donneley, afirmando que um milhão de exemplares serão impressos. Procurada, a gráfica confirmou a autenticidade do documento.

A obra será propagandeada por pastores. “A recomendação da leitura na igreja conta muito”, diz Luís Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro, que diz ter ficado “abismado” com a tiragem.

A modelo não dará entrevistas até o lançamento do livro, e deve ir antes a programas do canal. A editora Planeta informa que serão 30 os eventos de lançamento, começando pelo chique shopping JK Iguatemi e chegando a eventos mais populares, como a Bienal do Livro do Rio.

Em vez dos costumeiros trechos de críticas aclamando a obra, a biografia de Urach traz excertos de matérias do “New York Times” e “CNN” que apenas reportam sua existência em frases como: “A modelo era conhecida por discutir abertamente seus implantes de silicone”. Nem uma linha sobre literatura.

[b]Fonte: Folha de São Paulo[/b]

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