Representantes da Ordem Cisterciense em Itaporanga (365 km de São Paulo) concordaram em suspender por 40 dias a tramitação de uma ação que pede a retirada de índios do terreno onde está instalado mosteiro da ordem.

O compromisso foi firmado em conjunto com a Funai (Fundação Nacional do Índio) e de representantes da aldeia indígena Tekoá Porã.

O acordo prevê a permanência das 17 famílias indígenas no terreno do mosteiro enquanto a Funai e autoridades responsáveis buscam locais alternativas onde os índios possam ficar.

Os membros da aldeia estavam instalados provisoriamente em uma área de várzea ao lado do terreno da ordem, que foi cedida por particular e onde construíram casas. Porém, as chuvas que atingiram a região em fevereiro alagaram a área, tornando inviável a permanência das famílias no local.

Por conta disso, os membros da aldeia caminharam cerca de 400 metros até o lugar seguro mais próximo, invadindo a área do mosteiro.

De acordo com o Ministério Público Federal, que conduziu o acordo que prolongou o prazo da ação, está claro que a aldeia está em local impróprio e que é necessário encontrar alternativas de acomodação estável e digna até que a Funai conclua o processo demarcatório.

Fonte: Folha Online

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