Pessoas que acreditam em Deus desenvolvem grande desconfiança com relação aos ateus, indica pesquisa realizada por psicólogos da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá.

Segundo o estudo, o preconceito de religiosos com relação aos ateus é maior que o referente a homossexuais e fiéis de crenças diferentes da sua própria.

Um dos autores da pesquisa, Will Gervais, doutorando em psicologia pela Columbia, explicou que “onde há maiorias religiosas – isto é, na maior parte do mundo – os ateus estão entre as pessoas menos confiáveis”. Ele esclareceu ainda que, como são contabilizados meio bilhão de ateus no mundo, o referido preconceito tem o potencial de afetar um número substancial de pessoas, segundo a Veja.

O estudo foi elaborado com uma amostragem de 350 americanos adultos e 420 estudantes canadenses, para os quais foram propostas perguntas e cenários hipotéticos.

A maioria dos participantes achou que a descrição de uma pessoa não confiável é melhor representada por um ateu do que por cristãos, muçulmanos, gays, feministas ou judeus. Na categoria “não confiáveis” estão ainda criminosos, como estupradores, que conseguiram um grau de desconfiança comparável com o dos ateus.

“Essa antipatia é impressionante, já que ateus não são um grupo social coerente, visível ou poderoso”, afirma Gervais.

Os pesquisadores levantaram ainda que pessoas religiosas se importam com o comportamento de outros crentes. “A exteriorização da crença em Deus pode ser vista como um sinal de confiança, particularmente por outros religiosos que acham que as pessoas se comportam melhor se elas sentem que Deus está assistindo”, diz a professora Ara Norenzayan, que participou do trabalho.

Ela concluiu que os ateus podem ver a questão de sua não-crença como um assunto estritamente subjetivo e pessoal, enquanto que os religiosos acreditam que a falta de crença por parte dos ateus pode ser uma ameaça à cooperação e à honestidade.

[b]Fonte: The Christian Post[/b]

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