Um grupo de ulemás (magistrados da lei islâmica) emitiu hoje uma fatwa (sentença religiosa) contra os atentados suicidas no Paquistão, informou o canal privado “Geo TV”.

O líder do Conselho de Ulemás Unidos (MUC, sigla em urdu), Sarfaraz Naemi, anunciou que o organismo, depois de se reunir na cidade de Lahore, declarou esses atentados “proibidos” e “ilegais”.

O MUC está composto por ulemás das diferentes escolas de pensamento islâmico presentes no Paquistão, como a deobandi e a barelvi, de raízes sufi, ambas enquadradas no ramo sunita do Islã.

Ulemás xiitas também participam do órgão e estiveram na reunião.

Naemi acrescentou que uma delegação do conselho visitará em breve a região tribal de Bajaur, na fronteira com o Afeganistão, e o nortista vale de Swat, onde o Exército atualmente desenvolve operações contra a insurgência.

Segundo Naemi, o propósito da visita é observar de perto a situação destas regiões.

As fatwas são sentenças religiosas sobre questões específicas, emitidas por magistrados da Lei Islâmica (Sharia).

“Só os ulemás e os muftis (espécie de acadêmico da lei islâmica) podem decretar uma fatwa e, em teoria, todo muçulmano está obrigado a cumpri-la e respeitá-la, embora isso não ocorra de fato”, explicou à agência Efe um professor universitário paquistanês, Nasim.

O Paquistão sofre uma grande deterioração da segurança com constantes episódios de violência e atentados, sobretudo em suas áreas de fronteira com o Afeganistão.

Fonte: EFE

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