A Colômbia vive hoje um escândalo diante da confissão de um conhecido sacerdote católico, ex-capelão da Universidade Nacional de Bogotá, de que abusou sexualmente de pelo menos dois menores de idade sob sua tutela, há quase 40 anos
A confissão de Efraín Rozo, hoje com 78 anos, foi feita a autoridades dos Estados Unidos em fevereiro. A emissora La FM divulgou partes dela e declarações das vítimas.
Os menores, no fim da década de 1960, eram estudantes num seminário de Bogotá, sob a direção espiritual de Rozo e outros religiosos. O caso foi divulgado pouco depois de o sacerdote ser condecorado com uma ordem do departamento de Boyacá, centro do país.
Ernesto Rozo e José Antonio Tavera relataram pormenores das ações do sacerdote à mesma emissora. Seus depoimentos foram comentados por vários noticiários de televisão e pelos jornais.
O próprio Efraín Rozo, a quem o Governo de Boyacá exigiu a devolução da comenda, admite num vídeo que abusou dos menores.
Segundo as vítimas, os meninos eram levados a lugares onde eram obrigados a se despir. Depois, o padre Rozo e outros sacerdotes os acariciavam e iniciavam atos sexuais.
Rozo está implicado num processo por pedofilia num Tribunal Eclesiástico de Los Angeles na Califórnia.
Muitos dos então menores, também violados no seminário, terminaram “como homossexuais ou prostitutos” nas ruas, acrescentam as denúncias.
Tavera, morador de Quito, anunciou o lançamento de uma campanha na internet contra Rozo e os também sacerdotes Germán Pinilla Monroy e Roberto Ospina Leongómez por abuso sexual. Além disso, denunciou os três em instâncias eclesiásticas e civis.
Fonte: EFE