A revista Teen Vogue está dando conselhos a adolescentes grávidas sobre como elas podem fazer abortos sem que seus pais saibam disso.
Na coluna de conselhos, a autora ridiculariza ativistas pró-vida, os chamando de “hipócritas que ficam de fora de clínicas com cartazes adornados com versículos bíblicos e fotos de fetos”, mas fazem abortos quando lhes convêm.
Em um artigo intitulado “Como fazer um aborto se você for uma adolescente”, publicado no dia 6 de junho pelo site da revista Nona Willis Aronowitz publicou uma carta de uma adolescente grávida que quer fazer um aborto sem informar seus pais, porque eles são pró-vida e provavelmente não a deixariam fazê-lo.
“Não tenho certeza se posso fazer um aborto sem a permissão dos meus pais, mas estou com muito medo de contar a eles, porque ambos são contra o aborto”, escreveu a adolescente.
Em resposta, Aronowitz disse que ela “só poderia imaginar o quanto seria intensa a sensação de anunciar uma gravidez real, muito menos o desejo de fazer um aborto… especialmente para pais que são contra, e especialmente durante um tempo na história americana quando o a autonomia corporal das pessoas com seu útero está sob séria ameaça”.
A colunista disse em seu artigo como forma de resposta à menina que a adolescente não tinha nada do que se envergonhar por estar grávida, porque “acidentes acontecem”, acrescentando: “é lógico que se as adolescentes são maduras o suficiente para se tornarem mães, são maduras o suficiente para decidir se querem ou não dar a luz”.
“Ter acesso ao aborto deve ser seu direito, independentemente das crenças de seus pais”, declarou ela.
A colunista lamentou que “infelizmente” as leis de muitos estados americanos não concordam com ela, e aconselhou a adolescente que se ela não morasse em um dos estados que permite menores fazerem abortos sem o consentimento dos pais, considerasse contar a seus pais.
Muitos defensores pró-vida, afirmou Aronowitz, ou fizeram aborto ou ajudaram suas próprias filhas a passarem por esse procedimento.
“Uma coisa que aprendi enquanto pesquisei e relatei sobre essas questões é que supostamente os americanos antiaborto costumam fazer abortos”, escreveu ela. “Eles geralmente ajudam seus filhos a fazerem abortos. Você conhece aqueles ativistas que estão fora das clínicas, segurando cartazes adornados com versículos bíblicos e fotos de fetos? Até eles às vezes fazem abortos”.
Como prova, ela citou um médico do Alabama que alegou ter realizado o procedimento abortivo “em algumas das pessoas que protestam contra o aborto”.
Aronowitz então aconselhou a menina a considerar um procedimento judicial chamado de “de bypass” (que em inglês significa “passar por cima de” ou “ignorar).
“É uma opção legal em 36 estados que permitiria que você fizesse um aborto sem a aprovação dos pais”, explicou a colunista.
Ela sugeriu que uma “clínica” ajudaria a garota a passar pelo procedimento judicial e também forneceria um link para um grupo de aconselhamento jurídico pró-aborto, bem como um link para grupos que alegam ajudar a pagar pelo aborto de mulheres.
A colunista de conselhos argumentou que muitas mulheres sofreram abortos, acrescentando: “todo mundo ama alguém que fez um aborto. Incluindo você”.
Prostituição
A Teen Vogue, que alega que seu objetivo é “educar, iluminar e capacitar seu público para criar um ambiente mais inclusivo”, também publicou recentemente um editorial intitulado “Por que sexo é trabalho de verdade”.
Nele, a autora Tlaleng Mofokeng comparou as experiências de pessoas prostituídas com sua própria profissão como médica.
“Eu não acredito que seja certo ou justo que as pessoas que trocam serviços sexuais por dinheiro sejam criminalizadas e eu não seja pelo que faço”, disse ela. “É um diploma de medicina realmente a medida certa de quem merece dignidade, autonomia? , segurança no local de trabalho, comércio justo e liberdade de emprego? Não. Isso não deveria ser assim. Aqueles que se envolvem em trabalho sexual merecem essas coisas também”.
Ela prosseguiu argumentando que a criminalização da prostituição impacta negativamente as mulheres e os “homens que que se autodenominam mulheres” e, portanto, os “direitos dos profissionais do sexo” constituem uma questão feminista e de direitos das mulheres.
Em julho de 2017, a revista recebeu muitas críticas depois de publicar uma coluna de aconselhamento sobre o sexo anal “O que você precisa saber”, escrito por Gigi Engle. A coluna forneceu instruções detalhadas para meninas adolescentes e jovens LGBT sobre sexo anal.
Em resposta, a blogueira e youtuber conservadora, conhecida como “Activist Mommy” (“Mamãe Ativista”), Elizabeth Johnston publicamente gravou uma cópia da revista e afirmou que “a Teen Vogue deve ser retirada de todas as prateleiras das lojas” e que é “um perigo para os adolescentes”.
O evangelista Franklin Graham, filho do falecido Billy Graham, pediu aos pais e avós para evitarem a compra da revista e não permitir que esse “tipo de lixo [seja] lido por seus filhos”.
Fonte: Guia-me com informações de The Christian Post