A União Européia decidiu encaminhar uma ajuda de 15 milhões (R$ 39 milhões) a um instituto de ensino superior dirigido pelo padre polonês Tadeusz Rydzyk, conhecido por suas posições anti-semitas.

Segundo o jornal israelense “Haaretz”, a verba seria consumida pela Faculdade de Mídia Social e Cultural, ligada à Rádio Maryja, dirigida por aquele padre e que transmite programas com ativistas que negam ter ocorrido o massacre sistemático de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

O diretor de uma entidades de sobreviventes do Holocausto residentes em Israel, Noah Flug, encaminhou mensagem a José Manuel Barroso, presidente da Comissão Européia, pedindo-lhe para sustar a ajuda.

Tadeusz Rydzyk acusou pessoalmente, há semanas, os judeus americanos de usarem dinheiro do megainvestidor George Soros “para destruir a Polônia”. Também afirmou que as lideranças polonesas do pós-Guerra receberam dinheiro dos judeus para afirmar que no país a comunidade israelita havia sido perseguida pelos invasores nazistas.

O semanário polonês “Wprost” publicou trechos de uma conferência de Rydzyk na qual ele criticava o presidente do país por querer supostamente compensar judeus cujos bens foram confiscados durante o comunismo.

Tadeusz Rydzyk foi recebido em 5 de agosto pelo papa Bento 16, o que provocou protestos da comunidade judaica italiana.

Fonte: Folha de São Paulo

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