A Conferência das Igrejas Européias (KEK, ortodoxos, anglicanos e protestantes) e o Conselho de Conferência Episcopal Européias (CCEE), organizadores da III Assembléia Ecumênica Européia em Sibiu (Romênia) encerraram seus debates após doze dias sem chegarem a um acordo sobre o texto final a respeito do aborto.

A KEK publicou unilateralmente uma mensagem final sobre a defesa da vida, que chamou de provisória, na qual não consta a declaração (“desde a concepção até a morte natural”) defendida fortemente pela Igreja Católica, mas inaceitável para os protestantes, segundo a agência católica progressista italiana Adista.

Ao retomar o debate sobre o assunto, a agência explica que, durante uma sessão do encontro, um expoente francês da organização católica Opus Dei sugeriu introduzir no documento final a declaração citada.

Na tarde do mesmo dia, foi distribuído à assembléia plenária o terceiro rascunho: o texto em inglês não continha a declaração e o em francês sim.

A leitura do texto em inglês terminou com um grande aplauso, mas a medida que foi tomada consciência da introdução da declaração, um grande mal-estar começou a surgir entre os representantes protestantes e entre alguns católicos.

Durante a tarde e a noite seguintes, os líderes da assembléia tentaram encontrar uma solução aceitável, que não foi alcançada.

Desse modo, a assembléia terminou em 9 de setembro sem divulgar nenhum texto. Nos dias seguintes, o site da assembléia na Internet trazia este aviso: “por razões técnicas, a mensagem final estará pronta dentro de alguns dias”.

Segundo a Adista, a KEK e a CCEE tentaram mediar, mas não chegaram a acordo nenhum porque a parte católica se negou a modificar o ponto em discussão.

Assim, em 20 de setembro, a KEK decidiu publicar em seu site na Internet a mensagem final “provisória”.

Fonte: Ansa

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