O sacerdote Basilio Méramo, do Priorado de Orizaba-Veracruz (México), foi expulso da Fraternidade S. Pio X, de Marcel Lefèbvre, por atacar o Papa e criticar a aproximação deste grupo “à Roma modernista e liberal”.

A expulsão foi confirmada pelo próprio Méramo no seu blog, em que dá conta da carta enviada ao superior da congregação, o bispo Bernard Fellay, e assinala que é “injusta e inválida, jurídica e teologicamente”.

Fellay e outros três bispos foram excomungados há duas décadas por João Paulo 2º depois de terem sido consagrados pelo falecido arcebispo tradicionalista Marcel Lefèbvre sem o consentimento papal, decisão que o Vaticano considerou na altura como um cisma.

Os católicos fundamentalistas romperam com o Vaticano em 1988, na sequência desta ordenação.

Méramo, segundo informa nesta sexta a página na Internet Messainlatino, dos tradicionalistas em comunhão com Roma, considera como “uma traição” a carta enviada por Fellay a Bento 16, agradecendo a revogação do decreto de excomunhão de 24 de janeiro.

O sacerdote hispânico, de acordo com os tradicionalistas italianos, acredita que com esse agradecimento Fellay reconhece que as excomunhões eram válidas. Sustentam ainda que Méramo pretende afastar o atual chefe dos lefebvrianos.

“A tese de fundo de Méramo é que Bento 16 está bolando uma espécie de complô para neutralizar os últimos defensores da tradição, quer dizer, a Fraternidade S. Pio X”, asseguram os tradicionalistas italianos.

Esta expulsão segue-se à dos chefes dos lefebvrianos no Noroeste de Itália, o sacerdote Floriano Abrahamowicz, que negou o Holocausto e desafiou a exigência da Santa Sé para aceitarem o Concílio Vaticano 2º e as reformas que introduziu na Igreja Católica, ao afirmar que esse Concílio “é uma heresia, uma cloaca”.

Fonte: Folha Online

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