Silas Malafaia e Felipe Neto (Montagem: Folha Gospel)
Silas Malafaia e Felipe Neto (Montagem: Folha Gospel)

O pastor Silas Malafaia perdeu dois processos movidos por Felipe Neto e recorreu a um acordo judicial para evitar a condenação.

Em audiência realizada no 9ª Juizado Especial Criminal, na Barra, Malafaia aceitou a proposta da chamada transação penal (espécie de acordo) para não ser denunciado em dois processos pelos crimes de injúria e difamação praticados contra o youtuber Felipe Neto.

A decisão foi proposta pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, e o líder religioso terá de desembolsar 20 salários mínimos (R$ 24.240) para aquisição de objetos e bens materiais de uso e consumo, em favor da Associação Solidários Amigos de Betânia, na Praça Nossa Senhora do Loreto, Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade. A instituição acolhe homens, moradores em situação de rua, com vulnerabilidade social.

O prazo para cumprimento do acordo é de 30 dias, período em que os dois processos ficarão suspensos. Caso descumpra, a ação volta a correr.

Nas redes sociais o youtuber disse que achou o valor pouco e que irá entrar na Justiça cível contra o pastor com pedido para que a indenização seja destinada para instituições que cuidem de pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade.

Felipe Neto X Silas Malafaia

O primeiro processo do influencer digital foi movido em 2019. Na época, Felipe Neto comprou dez mil livros com a temática LGBTQIA+ que haviam sido barrados pelo, até então, prefeito do Rio de Janeiro, Marcello Crivela (Republicanos) na Bienal do Livro. Em resposta a ação, o pastor fez um vídeo onde xingou o jovem de “bandido” e “canalha” e que queria “distribuir revista com cenas libidinosas”.

Já no ano seguinte, em 2020, o pastor voltou a ofender Felipe Neto. Dessa vez, ele se irritou com a presença do empresário em um debate junto com o ex-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso. O encontro falou sobre a importância da inserção dos jovens em espaços políticos.

Malafaia fez um novo vídeo e acusou o carioca de ser “lixo”, “produtor de fake news” e que “pervertia crianças através de seus vídeos”. Assim, o influencer também entrou com uma nova ação por conta deste episódio.

A briga é mais um capítulo de uma batalha judicial entre o pastor e o youtuber, que, após um outro acordo judicial, já teve de gravar um vídeo se retratando por ataques a Malafaia.

Folha Gospel com informações de O Globo e UOL

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