Continua tensa a situação dos poucos cristãos que vivem no Paquistão e que assistiram ao ataque de dois suicidas diante da Igreja de Todos os Santos, em Peshawar, no último dia 22.

Segundo o Diretor Nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Paquistão, padre Waseem Walter, o “momento, de fato, é muito triste para a Igreja paquistanesa”.

“A situação é muito crítica. Os fiéis cristãos mortos no atentado em Peshawar são mártires inocentes da fé, pois foram mortos quando foram à igreja para rezar. Nas nossas Igrejas estamos organizando vigílias de oração por eles. Pedimos a todos os fiéis do mundo para que rezem por nós”, disse o padre à Agência Fides.

Após os três dias de luto em memória às vítimas do atentado, continua a realizarem-se em diversas partes do país, vigílias ecumênicas de oração.

Em nota enviada à Agência Fides, o advogado cristão Nasir Saeed – responsável pela ONG CLAAS (“Centre for Legal Aid, Assistance and Settlement”), empenhada na defesa dos cristãos no Paquistão -, declarou temer “que o ataque em Peshawar represente uma reviravolta negativa para a perseguição aos cristãos no Paquistão. Até o momento – afirmou ele – era usado o pretexto da blasfêmia para atingi-los, frequentemente com falsas acusações. Agora, a intimidação realiza-se com bárbaros assassinatos na tentativa de eliminá-los do país”.

Um forte apelo à oração, em solidariedade aos cristãos no Paquistão foi lançado pela ‘Asia Evangelical Alliance’, que congrega as comunidades cristãs evangélicas de todo o continente asiático. Também a Comissão “Justiça e Paz” da Conferência Episcopal da Índia, num comunicado enviado à Agência Fides, pede “justiça para as vítimas e ressarcimento para as famílias”, invocando proteção para os cristãos.

Multiplicam-se, por outro lado, as iniciativas de ajuda e solidariedade para as famílias cristãs de Peshawar, atingidas pela tragédia, especialmente por associações de cristãos paquistaneses do exterior.

[b]Fonte: Canção Nova[/b]

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