Autor de best sellers revela seu lado espiritual em entrevista sobre novo romance que lida com a perda da fé de um pastor.

Stephen King, cujo próximo romance “Revival” apresenta um pastor metodista que condena sua fé após um acidente horrível, descreveu a religião organizada como “uma ferramenta muito perigosa que tem sido mal utilizada por um grande número de pessoas”. Em uma rara e longa sessão de perguntas e respostas publicada na edição impressa da revista Rolling Stone, King explicou como ele “cresceu em uma igreja metodista”, mas como “tinha dúvidas” sobre a religião organizada, desde que era uma criança.

No entanto, ele disse que escolhe acreditar em Deus “porque torna as coisas melhores. Você tem um ponto de meditação, uma fonte de força”, disse ele disse à revista Rolling Stone:

[img align=left width=300]http://og.infg.com.br/sociedade/religiao/14420327-383-30d/FT460A/Stephen-King.jpg[/img]- Eu escolho acreditar que Deus existe e, portanto, posso dizer: ‘Deus, eu não posso fazer isso por mim. Ajuda-me a não tomar uma bebida hoje. Ajuda-me a não tomar uma droga hoje’. E isso funciona bem para mim.

“Revival” abre com quando seu narrador, Jamie Morton, sente uma sombra cair sobre ele. É o novo ministro da sua pequena cidade, Charles Jacobs; o encontro gera uma conexão que vai reverberar através da vida de Jamie, levando-o para a um final que a editora está chamando de “a conclusão mais assustadora Stephen King já escreveu”.

King disse à Rolling Stone que ele acreditava “no mal”, mas que toda a sua vida ele tem “ido para trás e para frente sobre se há ou não um mal exterior, se há ou não uma força no mundo que realmente quer nos destruir, a partir de dentro para fora, individual e coletivamente. Ou se tudo isso vem de dentro e que tudo isso faz parte da genética e do ambiente”.

– Não acho que quando você olha para a sua educação você pode dizer ‘Oh, isso é porque a mamãe colocou um prendedor de roupa em seu pênis quando ele tinha quatro anos’ – disse King à revista. – O mal está dentro de nós. Quanto mais velho fico, menos eu acho que há algum tipo de influência demoníaca fora; se trata de pessoas. E a menos que nós sejamos capazes de lidar com essa questão, mais cedo ou mais tarde, vamos nos matar.

[b]Fonte: O Globo[/b]

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