Terroristas e pastores (criadores de gado), conhecidos como Fulani, mataram 16 cristãos no total, no estado de Kaduna, na Nigéria. Primeiro, um cristão foi morto por eles e, uma semana depois ocorreram vários ataques.
Os agressores também sequestraram uma mulher e seus três filhos e, no dia 23 de setembro, voltaram e mataram outro morador.
No dia 26, a vila cristã de Takkanai, no condado de Zangon Kataf, foi atacada deixando seis mortos. O ataque à aldeia de Angwan Magaji, no condado de Kauru, no dia 27, matou mais três cristãos adultos e duas crianças. Na mesma semana, invadiram a aldeia de Kigam, onde outros três foram mortos, conforme Abel Habila Adamu, um líder comunitário da área.
Além das mortes, várias pessoas ficaram feridas. “Estamos tristes em informá-los com o coração pesado sobre o ressurgimento dos ataques aos cristãos por parte de pastores e terroristas armados Fulani”, disse Abel ao Morning Star News.
“Na verdade, a nossa terra está sangrando, e o sangue de cristãos inocentes clama por justiça”, continuou o presidente da Associação de Desenvolvimento Chawai, que identificou os mortos nas duas aldeias.
‘Sitiados pelos inimigos’
Conforme Abel, estavam entre as vítimas Martina Ishaya (55), Domingo Gizindi (55), Danjuma Alah (35), Joseph Baza Dauda (23), Danladi Yakubu (57) e Simon Chibi (33).
Ele também identificou os que foram feridos por tiros. “Isto mostrou claramente que a nossa terra está sitiada pelos nossos inimigos”, lamentou.
Samuel Achi, presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Atyap, também identificou os agressores como “bandidos Fulani” e disse que incendiaram duas casas.
“Os bandidos chegaram atirando em qualquer pessoa que avistavam enquanto os moradores fugiam de suas casas para escapar de serem mortos”, disse um morador.
Militantes dos Fulani, Boko Haram, Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP) e outros grupos terroristas realizam ataques a comunidades cristãs, matando, mutilando, violando e raptando para obter resgate ou escravatura sexual, de acordo com um relatório da Portas Abertas.
“Este ano também assistimos a esta violência alastrar-se à maioria cristã do sul do país. O governo da Nigéria continua negando que se trata de perseguição religiosa, pelo que as violações dos direitos dos cristãos são cometidas com impunidade”, concluiu a organização.
Fonte: Guia-me com informações de Morning Star News