O Tribunal de Justiça de São Paulo marcou para o dia 3 de abril, o interrogatório com os bispos fundadores da Igreja Apostólica Renascer, Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estavam Hernandes Filho.

O casal deverá ser ouvido na 16º Vara Criminal de Justiça da capital paulista, na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. A intimação para o casal já foi expedida.

Os dois bispos são réus em processo sobre os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e estelionato contra fiéis. Esse deverá ser o primeiro interrogatório do casal após a prisão nos Estados Unidos.

Estevam e Sônia foram detidos no dia 9 pelo FBI, a polícia federal americana, por entrarem no país com US$ 56 mil não declarados. Eles foram presos e encaminhados para o Centro de Detenção Federal (FDC, na sigla em inglês) de Miami, nos Estados Unidos. Segundo o serviço federal de prisões nos EUA (BOP), o casal deixou na terça-feira (16).

De acordo com o assessor de comunicação do FDC José Martinez, os fundadores da igreja saíram sob custódia de agentes federais do Departamento de Justiça dos Estados Unidos para um destino não divulgado. Também não foi divulgado o motivo pelo qual os dois foram levados por “federal marshals”, agentes que, entre outras funções, transferem detentos de um distrito para outro.

O Departamento de Justiça da Flórida deve definir nos próximos dias o seqüestro dos bens registrados em Miami em nome de Estevam e Sônia.

Na segunda-feira (15), o advogado do casal, Luiz Flávio Borges D’Urso, entrou com pedido de habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça de São Paulo, para anular a decisão que autoriza o encaminhamento do pedido de extradição dos Hernandes. Paralelamente, D’Urso pediu formalmente ao juiz da 1ª Vara Criminal paulista, Paulo Rossi, que reconsidere da decisão.

“O pedido de extradição formulado pelo Ministério Público e autorizado pelo juiz é ilegal porque no rol dos crimes previstos no tratado (de extradição com os EUA) não há previsão para o crime de lavagem de dinheiro, pelo qual o casal Hernandes vem sendo processado no Brasil”, argumentou a defesa.

Fonte: G1

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