O pastor Agnaldo Pereira dos Santos, 42 anos, que seria líder da Igreja Cristã Pentecostal da Graça, foi acusado de violentar sexualmente uma menina de sete anos, que estava sob sua guarda para adoção, e teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz da Vara Especializada da Infância.

Acusado de pedofilia, o pastor Agnaldo Pereira dos Santos que estava em liberdade, voltou a ser preso no final da tarde desta quinta-feira (9), por agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), sob o comando do delegado Marcos Wallace Pereira, titular daquela especializada.

O pastor teve prisão preventiva decretada pelo juiz Luís Pessoa da Costa, da Vara Especializada da Infância. Dias depois de ser preso, no entanto, seu advogado recorreu à justiça, impetrando habeas-corpus com pedido de liminar e o acusado foi posto em liberdade.

Na quarta-feira (8), porém, o Tribunal de Justiça julgou o mérito do pedido, tendo denegado o habeas-corpus e cassado a liminar que mantinha o pastor em liberdade. Em seguida, o desembargador Antônio Bayma Araújo decretou a prisão preventiva de Agnaldo Santos, cujo mandado foi cumprido, ontem à tarde e ele voltou para a cadeia.

De acordo com o inquérito instaurado contra o pastor na DPCA, ele é acusado de ter recebido duas menores (irmãs) sob guarda, fase inicial do processo de adoção. Durante o período em que passou com as crianças, teria ocorrido o estupro, comprovado através de laudos de exame de conjunção carnal. A garota, hoje com 8 anos, contou tudo com riqueza de detalhes e Santos foi preso por determinação judicial.

O que chamou a atenção do juiz Luís Pessoa, neste caso, foi a mudança radical no processo de adoção, que passou uma de pretendente de uma hora para outra. Eram três irmãs abrigadas no Educandário Santo Antônio e a funcionária pública Marcília de Jesus Santos pretendia adotar as três, o que seria bem melhor para o convívio das crianças. O processo já estava em andamento. De repente, a adoção foi desmembrada e ela ficou só com a garota mais nova. As outras duas foram entregues à guarda ao pastor.

Em conversa com jornalistas, Marcília contou que preparou uma festa de aniversário para a menina e foi à casa do pastor convidá-lo para levar as duas irmãs da garota, pois o encontro seria mais um motivo para a comemoração natalícia. “Elas não vão, porque não freqüentam casas não-cristãs como a da senhora”, teria dito o pastor Agnaldo Santos, segundo Marcília, frustrando a expectativa da aniversariante. “Minha filha chorou bastante ao saber que suas irmãs não participariam da festinha”, desabafou.

Fonte: Jornal Pequeno – São Luis – MA

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