O ex-pastor evangélico Clésio Eustáquio Pinto Rabelo vai ter de cumprir pena por atentado violento ao pudor. A 1ª Turma Criminal do TJDFT confirmou a condenação do réu em sete anos de prisão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado.
A vítima da violência tinha apenas 10 anos e era filha de uma das famílias que freqüentavam a igreja “Manar da Vida”, em Samambaia. A decisão unânime aguarda publicação de acórdão.
O pastor foi afastado de suas funções depois de uma reunião promovida entre líderes da comunidade. Testemunhas informaram que ele confessou aos fiéis ter cometido os “atos libidinosos diversos da conjunção carnal” com a adolescente. Já na Justiça, alegou que a menor o assediava e, em razão disso, não teria resistido ao assédio. Um exame de corpo de delito confirmou a violência sexual.
Os desembargadores julgaram a conduta do líder religioso “extremamente reprovável”, devido à confiança que, em geral, as famílias depositam nessa figura. Consideraram irrelevante o argumento relacionado ao assédio, já que a menoridade em si mesma já presume a violência.
A vítima narrou, em detalhes, a forma como ocorreram os atentados. Seu depoimento foi considerado fundamental para a condenação: “Nos crimes contra os costumes, a palavra da vítima assume fundamental relevância porque, geralmente, são cometidos às escondidas”, esclareceram os julgadores.
Fonte: Clicabrasília