Na madrugada do dia 13 de janeiro, entre 1h e 2h da manhã, suspeitos membros do Al-Shabaab realizaram um ataque violento no condado de Garissa, no nordeste do Quênia.
Os militantes islâmicos invadiram a escola de Kamuthe, às margens do rio Tana, mataram a tiros três professores cristãos da escola e balearam outro.
Os professores mortos são Caleb Mutangia Mutua, 28 anos, Titus Sasieka Mushindi luhya e Samwel Mutua Kamba, ambos de 29 anos. Joshua Mutua Kamba, 30, levou dois tiros nas pernas.
A milícia também atacou uma base de patrulha policial, ateando fogo ao local. Além disso, os militantes danificaram uma torre de sinal de telefonia celular localizada na feira de Kamuthe.
Embora o Al-Shabaab ainda não tenha assumido a responsabilidade pelo ataque, o grupo é suspeito de estar por trás dos atentados.
Fontes locais informaram à Portas Abertas que o provável motivo é a continuação dos esforços de retirar a presença cristã da área de domínio muçulmano na fronteira com a Somália.
O secretário regional de Educação do condado de Garissa, Yusuf Karayu, disse que a escola foi fechada e que todos os professores que atuam na fronteira serão transferidos imediatamente.
Desde dezembro, o Al-Shabaab tem realizado vários ataques violentos no Quênia. Em 5 de janeiro, eles atacaram uma base militar americana na região costeira de Lamu, destruindo várias aeronaves e matando três americanos. Dois dias depois, mataram quatro civis, inclusive uma criança, durante um ataque a uma torre de telecomunicações perto de Garissa.
O grupo extremista islâmico publicou uma declaração na última quarta-feira, 8 de janeiro, alertando que o Quênia “nunca será seguro”, o que é uma ameaça para turistas e para os interesses dos Estados Unidos no país. O grupo disse que o Quênia deveria retirar suas forças da Somália enquanto ainda “tinha chance”.
O Quênia enviou tropas para a Somália em 2011, como parte da missão de pacificação da União Africana no combate ao Al-Shabaab e tem enfrentando várias retaliações tanto às tropas na Somália quanto a civis no Quênia.
Hoje faz um ano do cerco ao sofisticado complexo hoteleiro Dusit, na capital Nairóbi, em 15 de janeiro de 2019, que fez 21 mortos. Em ataques anteriores, o grupo matou 67 pessoas no shopping center de Westgate em 2013, e 148 estudantes na Universidade de Garissa, em 2015.
Fonte: Portas Abertas