“Esse é um tema delicado”. A frase dita pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi colocada em um contexto no qual ele falou sobre a liberação do aborto no Brasil, em uma entrevista ao Estadão.

[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2016/05/17/713943646-ricardo-barros-ministro-da-saude.jpg[/img]Questionado pelo jornal sobre como ele pretende tratar do assunto, o ministro destacou que os atuais números indicativos de abortos no país e suas consequências (físicas e psicológicas) sobre as mulheres que se submetem ao procedimento são alarmantes.

“Esse é um tema delicado. Recebi a informação de que são feitos 1,5 milhão de abortos por ano. Desse total, 250 mil mulheres ficam com alguma sequela e 11 mil vão a óbito. Esse é um tema que vou estudar com muito carinho com nossa equipe”, disse.

Barros também aproveitou para destacar que a decisão sobre a possível legalização e regulamentação da interrupção da gravidez no Brasil “é uma decisão de governo. Não de um ministério, algo que possa ser decidido individualmente”.

[b]Igreja[/b]

O ministro também destacou que o aborto precisa ser cuidado pelo poder público, assim como outros problemas sociais e chegou a apontar o diálogo com a Igreja, como um fator de importância nesse debate.

“Esse é um problema que existe e precisa ser cuidado. Como é o crack. Como tantas outras mazelas da sociedade que precisam ser cuidadas pelo poder público. Mas a maneira como vamos abordar isso vai depender de discussões. Vamos ter de conversar com a Igreja. A decisão do ministério não deve provocar resistência ou discussão. Temos de ajustar. Antes de propor uma política para isso, vamos ter de realizar um diálogo muito amplo”, acrescentou.

Questionado sobre prazos para que debates como esse visualizem alguma resolução, Barros destacou que a proposta é agilizar os diálogos.

“O longo prazo para mim é muito rápido. Farei essa interlocução muito rapidamente. A primeira ação será ouvir. Isso vale para vários assuntos”, disse.

[b]Debate[/b]

Há anos, cristãos têm buscado se posicionar contra a legalização do aborto no Brasil. Nomes como a psicóloga Marisa Lobo, padre Pedro Stepien, pastora Damares Alves, a ex-feminista Sara Winter e também o pastor Jackson Jacques já expressaram publicamente o seu repúdio à interrupção da gravidez nas mídias sociais.

Marisa Lobo, Damares Alves, padre Pedro e Sara Winter também têm se tornado vozes ativas contra o aborto na política.

[b]Fonte: Guia-me[/b]

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