O Vaticano recebeu nesta terça-feira (10) o primeiro enviado dos Estados Unidos para os direitos humanos da comunidade LGBT, Randy Berry, para tratar da violência contra os homossexuais, de acordo com reportagem da revista “Time”. O tema do casamento gay, rejeitado como “pecado” pela Igreja, não foi abordado.

O encontro entre Berry e oficiais da Secretaria de Estado do Vaticano marcou uma nova etapa na discussão dos direitos LGBT entre EUA e a Santa Sé e antecipa preocupações norte-americanas em relação a países como Uganda, que receberá uma visita do papa no fim do mês, onde relações com pessoas do mesmo sexo são ilegais.

A posição foi criada pelo presidente Barack Obama em abril e está vinculada ao Departamento de Estado. As conversas com a Santa Sé sobre a questão nunca avançaram tanto e sinalizam uma boa vontade dos EUA em manter relações mais fortes com o Vaticano após a visita do papa ao país, em setembro.

O foco do emissário norte-americano é tratar de uma política externa voltada a coibir a violência e a discriminação. Berry solicitou um encontro com a Santa Sé como parte de uma visita de três semanas à Europa, que incluiu cinco países. Em Atenas, participou da conferência da Ilga (Associação internacional pelos direitos de lésbicas, gays, transexuais e intersexuais).

Berry lembrou que um ativista gay foi convidado a participar de um encontro de movimentos sociais com o papa em sua visita ao Paraguai, em julho. “Essa abordagem inclusiva diz muito”, afirmou. “Espero que essa mensagem seja compartilhada e espero que seja, já que são completamente consistentes com o que vimos de Sua Santidade até agora”.

A estratégia norte-americana, até agora, é a de fortalecer um denominador comum e expandir contatos para conversas futuras. “É um importante diálogo e espero que continue”, afirmou Berry.

[b]Fonte: O Tempo[/b]

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