Vinte e quatro horas ininterruptas de atrações: música, dança e espetáculos de rua de vários estilos mobilizaram o centro de São Paulo, na quarta edição da Virada Cultural, que aconteceu nos dias 26 e 27 de abril. Diferente dos anos anteriores, o segmento gospel foi ignorado pelos organizadores.

O evento, promovido pela Prefeitura da Cidade por meio da Secretaria Municipal de Cultura, teve apresentações voltadas a todas as faixas etárias, das 18h de sábado às 18h de domingo.

Nenhuma banda ou cantor gospel se apresentou nos locais previstos para o evento. Segundo o site da Virada Cultural, mais de 5 mil artistas se apresentaram nas 800 atrações.

Segundo o instituto de pesquisa DataFolha, os evangélicos somam em São Paulo 22% da população, o que equivale a 4 milhões de pessoas.

Apesar de influente, o segmento gospel não é encarado pelos organizadores dos eventos públicos como manifestação cultural, mas sim religioso. Procurados pelo Jornal Poder, os organizadores da Virada Cultural paulista não se manifestaram.

Para acabar com essa “discriminação”, tramita em Brasília um projeto de lei que pretende caracterizar a música e os eventos gospel como manifestação cultural. O projeto, do deputado federal Robson Rodovalho, está sendo analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Se aprovada a lei, o parlamentar pretende que esse tipo de produção musical possa receber os benefícios legais previstos na legislação federal de incentivo à cultura, entre os quais a da Lei Federal de Incentivo à Cultura, também conhecida por Lei Rouanet.

Fonte: Jornal Poder com adaptações do FolhaGospel.com

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