Relacionamento começou com a ida dela à igreja. Casal vive junto há três anos e se casa em abril deste ano.

“Há três anos vivo com o homem dos meus sonhos: charmoso, gentil, companheiro e lindo. Sou uma mulher apaixonada e feliz, mas tive que lutar por esse amor”. Essas são as palavras de Patrícia Viviane Rosa, 33 anos, noiva de um ex-padre.

[img align=left width=300]http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2012/01/18/patricia_e_carlos300_255.jpg[/img]A história de amor de Patrícia começou quando ela ainda se recuperava do fim de seu primeiro casamento. Da relação, lhe restaram três filhos. A então moradora de Jundiaí, interior paulista, decidiu mudar de vida e há três anos se mudou para Salto, também no interior do estado.

Em busca de paz, ela procurou a igreja católica e foi assim que surgiu o que ela denomina de verdadeiro amor. “Eu não imaginava que era dentro de uma igreja, no altar, que eu iria me apaixonar perdidamente, como aconteceu. Foi tão difícil entender e aceitar este amor, mas não pude lutar contra ele”, afirma.

Nas idas às missas, Patrícia conheceu e se aproximou do pároco Carlos Eduardo Souza, 38 anos. Padre há muitos anos, o religioso sempre foi conhecido na cidade pela dedicação aos compromissos com a comunidade.

Destino ou não, as confissões e conversas fizeram com que a amizade entre eles se transformasse em amor. “Foi muito difícil, mas depois de muito bate-papo, desabafos, eu resolvi abrir meu coração e falei tudo que podia sobre meus sentimentos”, conta Patrícia.

A resposta que ela queria ouvir não foi imediata. Patrícia teve que esperar alguns dias para saber se conseguiria viver seu amor. Depois de um mês de licença, Carlos Eduardo pediu afastamento do cargo e deixou a batina.

O sentimento já tomava conta também do coração dele. “Eu tentei ficar longe, porque a minha vida religiosa era a coisa mais importante para mim. Deus faz parte da minha vida, foi muito mais complicado do que uma simples história de amor, fiquei dividido, mas me rendi ao coração”, explica Carlos.

Há três anos juntos, o casal tem um filho de um ano, e o menino, nascido no dia de Natal, é chamado por eles de “uma benção de Deus”. Para o sustento da família, Patrícia montou um comércio pequeno, enquanto Carlos, desempregado, ajuda na construção da casa, onde pretende viver com a família.

A luta diária é só mais um motivo para unir o casal. “A nossa situação não é fácil, temos dificuldades, somos uma família de seis pessoas. Mesmo assim, é a realização de um sonho, pois há muito amor e logo terá as bênçãos de Deus”, revela Carlos.

A união do casal será celebrada na igreja onde a paixão começou. O ambiente é familiar principalmente para ele, mas, desta vez a emoção será diferente. O ex-padre ocupará uma posição distinta a que estava habituado há alguns anos: a de noivo. O casamento está marcado para dia 21 de abril.

[b]Sem preconceito
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Ambos relatam que a história de amor deles foi e continua sendo uma história respeitada na cidade. “Nunca tivemos problemas com isso. Aqui em Salto, todos nos conhecem e ficaram felizes com nossa união.
Quando saímos às ruas da cidade, todo mundo fica curioso, para conhecer nosso bebê”, conta Patrícia.

[b]Mesma história
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Segundo a Associação Sem Rumos, entidade destinada a auxiliar famílias de ex-padres, mais de cinco mil párocos já deixaram o sacerdócio no Brasil para se casar.

[b]Fonte: G1[/b]

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