Os dois tipos de perseguição predominantes na Jordânia são a opressão islâmica e o antagonismo étnico. No país que ocupa a 33ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2020, os cristãos recebem uma ilusão de liberdade, mas na verdade as tradições islâmicas estão embutidas na sociedade e impõem restrições à vida cristã.
No geral, a pressão aos cristãos na Jordânia, principalmente convertidos do islamismo, está em um nível muito alto e a média da pontuação subiu levemente quando comparado ao ano anterior. A pressão está em níveis muito altos em todas as esferas da vida, com exceção da família, que alcançou um nível extremo e afeta especialmente convertidos ao cristianismo. Já a pontuação para violência diminuiu de 3,0 para 1,7.
O monitoramento por parte do governo é comum e cristãos ex-muçulmanos podem enfrentar marginalização e violência por parte da família. Mais e mais jordanianos estão se tornando radicais, aderindo à ideologia do Estado Islâmico, o que coloca os cristãos sob risco ainda maior.
A sociedade jordaniana é basicamente tribal, principalmente fora das grandes cidades. Depois da guerra de 1967 com Israel, a Jordânia ficou dividida entre puros jordanianos do Ocidente e palestinos-jordanianos da Cisjordânia. É provável que cristãos de ascendência palestina enfrentem dupla desvantagem.
Tanto a família quanto o governo pressionam os convertidos a voltarem ao islã, mas a pressão maior vem da família, podendo chegar a violência e morte. O tribalismo é forte e líderes de grupos étnicos também tentam forçar os cristãos ex-muçulmanos a abandonar a nova fé. O mesmo acontece com os líderes muçulmanos, que ainda consideram os convertidos como muçulmanos.
Movimentos islâmicos radicais são uma fonte de perseguição para os cristãos. Oficiais do governo monitoram igrejas e ministérios cristãos ativos na evangelização e os pressionam a parar suas atividades. As igrejas históricas, por sua vez, temem que qualquer forma de evangelismo resulte em repercussão contra todos os cristãos.
A maioria dos cristãos na Jordânia pertence a denominações católicas romanas e ortodoxas. No geral, eles desfrutam de um relativo alto nível de liberdade, mas enfrentam discriminação na área de emprego e restrições quanto à pregação pública. O testemunho público de um cristão ex-muçulmano pode levar à agressão física, prisão e morte. Os cristãos ativos em evangelismo e/ou discipulado enfrentam ameaças e obstruções na vida diária.
Fonte: Portas Abertas