O uso da cruz por pessoas não é essencial para o cristianismo e se trata apenas de uma “decoração religiosa”, afirmou dom Rowan Williams, primaz da Igreja Anglicana.

A afirmação irritou os cristãos que estão dando apoio a duas britânicas – Nadia Eweida e Shirley Chaplin – que recorreram ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem porque foram impedidas por seus empregadores de usar uma cruz sobre o uniforme de trabalho.

Elas apelaram ao Tribunal Europeu, como sede em Estrasburgo (França), porque a manifestação da Justiça local lhes foi desfavorável. O governo do primeiro-ministro David Cameron figura como réu no processo.

O Ministério das Relações Exteriores, em defesa do governo, rebateu a acusação de discriminação religiosa feita pelas duas cristãs com o argumento de que a exibição da cruz sobre as vestes não é “uma exigência da fé cristã”. O que acabou sendo confirmado pelo primaz.

Para Williams, os fiéis “inventam” algumas coisas, como o uso da cruz, e “se aferram a elas como substituto para a fé verdadeira”.

Em um encontro com Bento 16, o anglicano já tinha dito que a cruz perdeu o seu significado e se tornou em um objeto de “fabricação” de religiões.

[b]Fonte: Paulopes[/b]

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