A organização Christian Solidarity Worldwide (CSW) pediu à Assembleia Geral das Nações Unidas para se concentrar nas violações contínuas de direitos humanos, incluindo os abusos da liberdade de religião ou crença, na próxima resolução anual sobre Mianmar (antiga Birmânia).

Embora mudanças significativas tenham ocorrido em Mianmar durante os últimos dois anos, incluindo a libertação de muitos presos políticos, a participação de Daw Aung San Suu Kyi e seu partido, a Liga Nacional para a Democracia (LND) no Parlamento, o aumento do espaço para a sociedade civil, os atores políticos e da mídia, e do acordo de cessar-fogo frágil e preliminar com a maioria das organizações de resistência étnica armadas, graves violações dos direitos humanos continuam a ser perpetradas, em particular contra as minorias religiosas e étnicas.

Em um comunicado, a Rede Birmânia Europeia alertou que nenhuma das chamadas para a ação de resolução do ano passado foram implementadas pelo governo local: “Embora tenha havido algum progresso, na maioria dos casos não houve quase nenhum. Para alguns, a situação piorou.”

A CSW recomenda que a Assembleia Geral da ONU adote uma resolução sobre Mianmar, para que medidas urgentes de proteção às minorias religiosas sejam tomadas. Segundo a organização, é necessário assegurar que os perpetradores de violência sejam levados à justiça. Além disso, líderes políticos e religiosos de todas as comunidades devem ser incentivados a falar contra o ódio religioso e a intolerância. A resolução da Assembleia Geral deve exigir especificamente que
Mianmar convide o Relator Especial da ONU sobre Liberdade de Religião ou Crença para visitar o país, após a onda de violência ocorrida este ano.

Em seu pedido à ONU, a CSW apela também por uma resolução para pressionar o país a iniciar um processo de paz que envolva o diálogo político com as nacionalidades étnicas, levando a uma solução política e uma reconciliação nacional.

[b]Fonte: CSW [/b]

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