O deputado estadual e pastor Antônio dos Santos usou a tribuna para destacar a passagem dos 80 anos da Assembleia de Deus em Sergipe, data que será comemorada hoje.

O parlamentar lembrou que a igreja evangélica surgiu com um sargento da Polícia Militar, que veio do Pará, trazendo a mensagem pentecostal aos sergipanos. “Esse trabalho iniciou-se na avenida Maranhão, em Aracaju, e de lá para vá vários pastores usaram essa denominação”, explicou.

“Liderados pelo espírito santo, pelo batismo, essa igreja, mesmo não sendo a mais velha, porque há igreja com 130 anos, adquiriu um crescimento que superou a todas as outras, em Sergipe e em todo o Brasil pela forma de trabalhar, pela dinâmica”, disse o deputado, destacando o fato da Assembleia de Deus possuir 750 templos em Sergipe. “Está em todos os municípios e na maioria dos povoados. Nosso colegas deputados conhecem bem o trabalho dessa entidade”, afirmou.

Antônio dos Santos declarou que a Assembleia de Deus não trabalha apenas o lado espiritual do cidadão, mas influencia na vida social das pessoas de forma direta. “Todos sabem como a religião interfere no cidadão. Se ele se apega a uma religião, seu padrão de vida é influenciado. Traz benefícios a sociedade”, comentou. Segundo ele, o país tem 40 milhões de evangélicos, mais gente que muitas nações do mundo. “Há que se observar que além da contribuição espiritual, essa instituição beneficiam a sociedade e aos governantes. Um cidadão que está convivendo nesse ambiente não se envolve com tráfico de drogas, assaltos, com homicídios, que acontece muito em nosso pais”.

“Essa entidade traz uma contribuição social muito grande ao país e nem sempre é reconhecida pelo poder público. Imagine 40 milhões de cidadãos que não vivem embriagado, que não dão trabalho à polícia? Nessa comunidade o bom senso prevalece”, argumentou Antônio Santos, citando viagem que fez a Brasília para a posse do ministro Marcelo Crivella. “Ao chegar ao hotel, vi seis jovens se drogando, cheirando crack. São pessoas dominadas pela droga, na beira de uma avenida. Cobramos do poder público e vimos famílias sofrendo. Vimos um pastor ser assassinado pelo filho adotivo viciado em drogas”, lamentou.

Segundo o deputado, quem vive na igreja se afasta desse ambiente, dessa prática. “Essa igreja e outras trazem uma contribuição fantástica ao Brasil e poderiam ser reconhecidas. Quantas igrejas estão trabalhando para tirar essas pessoas da droga? Muitos pais ligam para a polícia para ir buscar um filho drogado. Ele vai preso e depois volta, porque não existe onde ser internado”, citou. De acordo com Antônio dos Santos, essas instituições fazem um trabalho importante. “Sempre destino subvenções para algumas entidades, como casas de acolhimento que ajudam a recuperar essa gente”.

No Congresso Nacional, prosseguiu o deputado, tramita um projeto de Lei que discute a implantação do internamento compulsório para tratamento. “Quer dizer que se ele é dependente de droga, não tem jeito, tem que ser internado e retirado (de casa) para ser curado. Já levei até médico para ser tratado. Vivemos no Brasil um problema sério para resolver. A sociedade não consegue fazer e quando o poder público está sendo omisso, igrejas evangélicas abrem seus braços para receber e tratar esses dependentes”, explicou o parlamentar.

A deputada estadual Ana Lúcia disse que tem dialogado com especialistas que convivem e atuam nessa área, como a urgência e o internamento. “É complexo, você consegue internar, mas se ela não estiver convencida, ela sai, foge. Precisamos combater o traficante, o grande tráfico, que obriga o Estado a gastar muito dinheiro”, observou. A parlamentar disse ainda que o Mosqueiro, o rio Vaza Barris, virou rota de tráfico internacional e precisa da atenção da Polícia Federal. “Alguns ficam milionários com a droga que afeta tanta gente, pessoas que não têm dinheiro para manter o vício e destroem suas famílias. É preciso política pública para corrigir essa questão”.

O deputado estadual Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase, disse que a situação é grave no interior. “A questão das drogas está banalizada”, lamentou. A deputada estadual Susana Azevedo declarou que o colega faz um trabalho que alivia a dor, o sofrimento e a agonia de quem sofre com as drogas. “A assembleia de Deus faz um trabalho brilhante nessa área. Desde que me elegi deputada faço trabalho com senhoras dessa igreja, que ajuda aos pobres e encaminha viciados. A igreja desempenha um papel importante , faz um trabalho fantástico”, afirmou.

O deputado estadual Gilson Andrade disse que Antônio dos Santos tratava de um tema importante e atual. “Destaco o papel da família no combate à prevenção. O papel da igreja é indiscutível, o jovem na igreja não se envolve com drogas. É uma luta árdua que precisa ser contínua e já coloquei subvenções para entidades que atuam nessa área. Há uma droga que é a porta de entrada para as drogas ilícitas, que é a bebida alcoólica”.

[b]Fonte: Plenário[/b]

Comentários