Em uma situação nova e preocupante, autoridades chinesas reprimiram a igreja do Movimento Patriótico Triplo, sancionada pelo governo, por tentar celebrar o natal.

No dia de natal de 2010, uma igreja aprovada pelo governo, no vilarejo de Hejia, cidade de Sanjie, região de Chengde, província de Hebei, foi atacada por mais de 10 funcionários do governo do Gabinete de Assuntos Religiosos da região, do Departamento de Segurança Interna, da brigada de polícia da Segurança Pública, do governo municipal, e da liderança da escola.

Eles invadiram o prédio da escola que essa igreja havia alugado de forma legal e começaram a filmar e gravar a reunião. Deram ordem para que cessassem a celebração de natal e ameaçaram prender e multar os cristãos caso não parassem de cantar.

Também ridicularizaram a comida que os cristãos haviam preparado para a refeição em grupo, dizendo que estava horrível. Eles não tinham ideia alguma do que os cristãos estavam fazendo na igreja.

A pastora da igreja, Liang Shuyu, insistiu em conduzir a celebração do natal, mas foi forçada a aguardar até o dia 28. Mas, então, no dia 27, quando a igreja estava se preparando para a celebração, esta mesma gangue apareceu novamente e fechou o local de reunião, chegando a interditá-lo com fita.

Este ato de perseguição foi liderado principalmente pelo diretor do Gabinete de Assuntos Religiosos, Li Laishun; pelo prefeito da cidade, Duan Xiangjing, e pelo secretário do partido do vilarejo de Hejia, Li Xiaofeng, bem como pelo diretor da escola, Chen Zhishan. Devido à igreja ter sido interditada, os cristãos perderam seu local de reunião.

Essa igreja foi aprovada em 2002 pelo Gabinete de Assuntos Religiosos da região em “dois conselhos”, ou seja, na Associação Patriótica Tripla e no Conselho Cristão da China.

Nos últimos cinco anos, sob a liderança da irmã Liang Shuyu, seus 10 membros cresceram gradativamente para cerca de 500 pessoas. Devido à necessidade de um local de reunião maior, a igreja, nos últimos anos, alugou um dormitório abandonado na escola do vilarejo de Hejia, com a qual havia assinado uma locação de 50 anos.

Nos anos anteriores, a igreja investiu uma grande soma de dinheiro e trabalho para transformar o dormitório em um local de reunião. Após a invasão de 25 de dezembro, apenas pouco mais de cem pessoas ousaram aparecer para as reuniões, pois os moradores do vilarejo são pobres e temem ser multados.

Após a interdição da igreja, muitos moradores do local, ignorantes da verdade dos acontecimentos, começaram a pensar que se tratava de uma seita (porque nessa região já existiu uma seita de um grupo violento).

O fato de que mais e mais igrejas autorizadas pelo governo estejam sendo perseguidas mostra claramente que o Gabinete de Assuntos Religiosos e os “dois conselhos” não são organizações religiosas absolutamente, mas, sim, braços do governo cujo alvo é controlar e suprimir qualquer igreja que persista nos princípios da fé.

As igrejas do Movimento Patriótico Triplo são subordinadas ao governo, mas um número significativo delas está comprometido com a fé e a perseguição que sofrem é a melhor prova disto.

Portanto, é importante diferenciar entre o Movimento Patriótico Triplo como órgão do governo e a igreja do Movimento Patriótico Triplo, e reconhecer que o governo usa a Associação Patriótica Tripla e o Conselho Cristão da China para incitar desunião e ódio entre as igrejas do governo e as igrejas domésticas.

Todas as igrejas que persistem nos princípios e na missão da fé, quer sejam igrejas do governo ou domésticas, deveriam se unir e enfrentar a perseguição do governo juntas a fim de executar mais efetivamente a sagrada grande comissão confiada a nós por Jesus Cristo.

[b]Fonte: Missão Portas Abertas
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