Mais uma vez, autoridades locais em Chengdu, na China, invadiram a igreja doméstica Early Rain Covenant (ERCC) e prenderam 28 cristãos, incluindo 10 crianças, durante um culto neste domingo (22).
De acordo com a International Christian Concern (ICC), por volta das 10 horas da manhã, enquanto o pregador Dai Zhichao dirigia o culto dominical para o pequeno grupo “Treading Water” na casa do irmão He Shan, os policiais bateram na porta da residência.
Ao final do culto, às 11h, os cristãos abriram a porta para as autoridades comunistas. Os policiais alegaram que haviam recebido uma denúncia de reunião ilegal e exigiram entrar para verificar o documento de todos.
O pregador Dai Zhichao tentou impedir a entrada das autoridades, pedindo que apresentassem um mandado de busca. Mas, os policiais entraram à força, ferindo Dai no braço e confiscando seu celular. Depois de revistar as identidades dos cristãos, eles saíram da casa e deixaram os irmãos terminarem o almoço, como costumam sempre fazer.
Mas, por volta das 14h, as autoridades voltaram e invadiram a casa de He Shan, levando presos quase todos os cristãos, 18 adultos e 10 crianças, incluindo um bebê com menos de um ano de idade. Segundo um membro da ERCC, muitos deles foram espancados na prisão pelos oficiais e, quando as crianças estavam inquietas, os policiais ameaçaram bater em suas cabeças
Logo depois, a maioria do grupo foi libertada, exceto o Pregador Dai e o irmão He Shan, que foram detidos por 14 dias. He Shan também recebeu uma multa de 1000 RMB (154 dólares).
Depois que a igreja Early Rain Covenant foi invadida pelas autoridades em 2018, os líderes e membros passaram a ser perseguidos e detidos repetidamente pela polícia local. O pregador Dai é um exemplo da perseguição implacável; ele foi preso por três meses por, supostamente, “provocar brigas e provocar problemas” durante a operação de 2018. Em novembro do ano passado, ele foi novamente intimado pela polícia por participar de uma “reunião religiosa ilgeal”.
“O último ataque contra o ERCC, embora nada de novo, mostra uma tendência preocupante de que as igrejas domésticas são frequentemente sujeitas a assédio como este em nome da ‘aplicação da lei ‘”, afirmou Gina Goh, Gerente Regional do ICC do Sudeste Asiático.
Para Gina, as Regulamentações sobre assuntos Religiosos foram criadas pelo governo chinês para reprimir as igrejas domésticas em todo o país. “O medo constante do Partido Comunista Chinês de igrejas não registradas é patético e absurdo, pois ressalta a insegurança do presidente Xi em relação a qualquer massa crítica. Não há absolutamente nenhum respeito pela liberdade religiosa”, criticou.
Fonte: Guia-me com informações de International Christian Concern