As autoridades iranianas prenderam um pastor evangélico e fecharam sua igreja. O pastor Wilson Issavi da igreja Evangélica Assíria em Kermanshah, uma cidade distante no oeste do Irã, foi preso por agentes de segurança e levado a um local desconhecido no dia 2 de fevereiro, segundo relata a rede de notícias Farsi (FCNN).
O pastor foi levado enquanto visitava um amigo na cidade central de Isfahan. O casal dono da casa e outro convidado também foram presos, mas a esposa do anfitrião foi liberada.
A família e os amigos de Issavi não receberam nenhuma informação sobre seu paradeiro.
Apesar de a prisão de Issavi ter sido repentina e sem aviso prévio, havia indícios de que as autoridades iranianas estavam monitorando o pastor. No mês passado, agentes de segurança à paisana invadiram a casa de Issavi e fecharam sua igreja. As autoridades também proibiram o pastor de reabrir a igreja.
A FCNN afirma ter sido informada sobre essa invasão, mas que não publicou nenhuma notícia a pedido de Issavi.
O pastor “manso, humilde e modesto” temia que as autoridades perseguissem sua igreja ainda mais se alguma notícia fosse pública. Ele queria negociar em silêncio com as autoridades para conseguir chegar a um acordo.
Um correspondente da agência FCNN disse que Issavi sempre respeitou a lei do país apesar de suas inúmeras restrições e perseguições, com o objetivo de “não dar motivos para as autoridades dissiparem o que restou de sua igreja”.
A igreja em Kermanshah é um dos poucos lugares onde os cristãos podem cultuar abertamente. A maior parte dos cristãos iranianos se reúnem em casas ou prédios sem a permissão ou conhecimento do governo.
Uma organização de direitos humanos no Irã protestou a prisão do pastor Issavi. O grupo pede que o governo iraniano solte imediatamente o pastor, que continua preso sem nenhuma ordem legal.
Fonte: Missão Portas Abertas