O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que os líderes de Israel, Autoridade Palestina e do Egito foram convidados para reuniões separadas com o presidente americano, Barack Obama, em Washington, com o objetivo de reviver o processo de paz no Oriente Médio.

Ainda não se sabe com certeza quando ocorreriam as visitas do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, do presidente egípcio, Hosni Mubarak e do líder palestino, Mahmoud Abbas.

Entretanto, acredita-se que elas ocorram nas próximas semanas, possivelmente antes da viagem de Obama à França em 6 de junho, disse o porta-voz do presidente americano, Robert Gibbs.

Não há indicação de que Netanyahu vai conversar diretamente com Abbas ou Mubarak.

“Com cada um deles o presidente vai discutir maneiras de os Estados Unidos fortalecerem e aprofundarem nossas parcerias, assim como passos que todos os participantes devem dar para alcançar a paz entre Israel e os palestinos e Israel e os demais países árabes”, disse Gibbs.

Boa-fé

Obama repetiu nesta terça-feira, após se encontrar em Washington com o rei Abdullah, da Jordânia, que considera a resolução do conflito do Oriente Médio um das prioridades de sua administração.

O governo de George W. Bush foi criticado por não se esforçar o suficiente para promover a paz entre israelenses e palestinos.

Mas analistas acreditam que o governo predominantemente de direita de Netanyahu pode dificultar o processo de paz.

“Infelizmente neste momento, o que temos visto não apenas em Israel, mas também nos territórios palestinos, entre os países árabes e pelo mundo, é um profundo ceticismo a respeito da possibilidade de se fazer algum progresso”, disse Obama.

“O que devemos fazer é dar um passo para trás do precipício e dizer, por mais duro que pareça, que a possibilidade de paz ainda existe, mas vai exigir escolhas difíceis e decisão por parte dos envolvidos.”

O presidente americano acrescentou que espera que “todos os lados” façam “gestos de boa-fé” nos próximos meses, embora não tenha detalhado quais ele espera que sejam esses gestos.

Abdullah disse que o presidente americano reafirmou seu apoio para a solução de dois Estados. O governo anterior de Israel havia se comprometido com esta ideia mas a atual administração, considerada mais linha-dura, ainda não se posicionou claramente sobre o assunto.

Durante sua campanha eleitoral, Netanyahu disse que, ao invés de falar em um Estado palestino, gostaria de oferecer aos palestinos o que chamou de “paz econômica”, sem explicar em detalhes o que o conceito significaria.

Fonte: BBC Brasil

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