A boa notícia é que a mensagem bíblica escrita (Bíblia completa, Novos Testamentos, etc) já está disponível em línguas faladas por 90% da população mundial. A notícia ainda melhor é que este percentual ainda deve aumentar, chegando a até 98% até 2035, de acordo com Alexander Schweitzer, coordenador de tradução da Bíblia para a União das Sociedades Bíblicas (UBS).
[img align=left width=300]https://thumbor.guiame.com.br/unsafe/840×500/smart/media.guiame.com.br/archives/2017/07/06/1358452578-biblia-traducao.jpg[/img]Schweitzer esteve em Sydney (Austrália) esta semana para um encontro de líderes das Sociedades Bíblicas. O evento reuniu representantes das 148 sociedades bíblicas se unem para montar grandes parcerias em seus projetos e aumento do alcance da tradução das Escrituras, logicamente, acaba sendo o principal objetivo.
É muito comum ouvir sobre o número de línguas em que a Bíblia foi traduzida – cerca de metade das 7.000 línguas do mundo tem alguma Escritura. Desses idiomas, 648 têm uma Bíblia completa, e outros 1.432 têm o Novo Testamento inteiro. Mas o grupo de línguas que tem a “Bíblia completa” é falado por 5,16 bilhões de pessoas.
Em comparação, as línguas (idiomas e dialetos) falados por 252 milhões de pessoas ainda estão sem qualquer Escritura traduzida. Sendo assim, ssim, Schweitzer, um homem bastante cauteloso e preciso, está feliz em dizer que já é possível que 98% da população mundial tenha uma Bíblia ou alguma parte das Escrituras já traduzidas em sua língua materna ou “linguagem do coração” até 2035.
O chefe dele, Michael Perreau, é ainda mais otimista. Ele disse à agência ‘Eternity News’ no início deste ano: “Até 2033, se mantivermos o impulso, poderíamos ver todas as línguas com as Escrituras completas ou em partes já traduzidas”.
A UBS está trabalhando em 403 projetos de tradução, sendo 177 deles, a primeira tradução da Bíblia para um novo idioma. Há também 116 novas traduções para locais onde a Bíblia já existe, mas precisa de novas versões, devido à evolução destes idiomas e dialetos.
Schweitzer propôs uma grande meta aos participantes do encontro de Sydney: aumentar o acesso às Escrituras em 50 por cento nos próximos 20 anos. O que isso significa é duplicar o número de idiomas com Bíblias completas e isso exigirá a conclusão de 291 projetos de tradução atuais – para dar início a novos projtos.
Ele também destacou que a importância do treinamento de mais e mais tradutores que é a chave para atingir os objetivos ambiciosos. A UBS está aumentando o treinamento, projetando que mais 313 tradutores trabalharão até 2022.
Mas não são apenas os trabalhadores da Sociedade Bíblica que estarão envolvidos. A tradução da Bíblia é cada vez mais feita por “tradutores locais” que são falantes nativos; Eles podem ser pastores, anciãos ou outros cidadãos locais.
Schweitzer descreve esta mudança de cenário: “Há o antigo modelo missionário, que consiste em enviar um casal cristão para fazer o trabalho no campo. Algumas pessoas ainda fazem isso, mas a UBS seguiu em frente. O método antigo levaria décadas para traduzir a Bíblia. Agora há um guia que estipula em quanto tempo se traduz um essa Escritura: quatro anos para um Novo Testamento, sete anos para o Antigo Testamento, mas algumas línguas e situações são mais difíceis do que outras”.
Às vezes, a chave para ir mais rápido é tão simples como uma bicicleta para um tradutor local ou melhorar a conexão com a internet, então um tradutor pode usar o sofisticado software desenvolvido em conjunto pela UBS e a Wycliffe.
À medida que mais idiomas se traduziram, surgiram alguns casos muito especiais. Existem mais de 400 idiomas de sinais no mundo com 22 projetos em andamento.
[b]Fonte: Guiame[/b]