Os bispos americanos estão convencidos que a nova estratégia da Administração Bush para o Iraque, anunciada na semana passada e que implica o envio de 20 mil soldados, procura “oferecer uma transição responsável no Iraque”.

Para o bispo William SkyIstad, presidente da Conferência Episcopal, este reforço militar, suportado por um documento de uma comissão de notáveis, “deve ser avaliado à luz da responsabilidade moral [americana] em ajudar os iraquianos a viverem com segurança e dignidade as consequências da acção militar dos Estados Unidos”.

A Conferência Episcopal americana não deseja ver prolongada a presença militar dos Estados Unidos indefinidamente, mas sem estabelecer nenhum prazo: “As forças militares nacionais deverão permanecer no Iraque só enquanto a sua presença contribuir de facto para uma transição responsável. A nossa nação deverá procurar vias reais para finalizar [a sua presença, logo] na primeira oportunidade que esteja de acordo com este objectivo”.

Para William Skylstad, é necessário determinar quando se pode conseguir uma transição responsável, definindo objectivos claros: níveis de segurança minimamente aceitáveis, reconstrução económica para criar emprego para os iraquianos, estruturas políticas mais fortes e um maior respeito da liberdade religiosa e dos direitos humanos básicos.

Para os bispos americanos, o debate sobre as opções alternativas à situação criada com a invasão do Iraque deve ser “substancial”, “não partidário”. Para Skylstad, “o diálogo cívico é mais importante e urgente neste momento de debate e decisão nacional”.

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