Por Andréia Sadi
G1
O presidente Jair Bolsonaro atendeu a um pedido de religiosos de diferentes igrejas — como a católica e evangélica — ao autorizar o decreto que inclui atividade religiosa como essencial, mesmo durante a quarentena.
A informação foi dos auxiliares do presidente Jair Bolsonaro ao blog da jornalista Andréia Sadi, da Globo News.
Assessores justificaram “preocupação” dos religiosos com a Semana Santa, que acontece em abril, “com a parte emotiva” das pessoas — e, por isso, o presidente autorizou atividade religiosa.
Sobre as recomendações para que não haja aglomerações durante o período de isolamento, por conta da pandemia de coronavírus, governistas disseram que o decreto é um “amparo” para que prefeitos não fechem igrejas, proibindo atividades religiosos de quem que queira realizá-las.
O vice-líder da frente evangélica no Congresso, deputado Sostenes Cavalcante (DEM-RJ), afirmou ao blog da Andréia Sadi que o decreto não autoriza cultos e missas durante a quarentena- para evitar aglomerações- mas que seria um “alento” para evitar que igrejas sejam fechadas.
Segundo ele, em alguns estados- como o Rio de Janeiro- houve caso de policial fechando igreja durante a quarentena. “O que estávamos pedindo é um suporte, apoio para evitar que as igrejas sejam fechadas para quem quiser buscar um alento espiritual em um momento como o que estamos vivendo”.
O blog perguntou se a medida não acaba incentivando aglomerações de qualquer forma, já que as pessoas sairão de casa- contrariando orientação das autoridades de Saúde- e recorrerão a igrejas em busca de apoio mesmo sem missa e cultos, sem contar que será difícil monitorar a quantidade de fieis que irão aos locais. O deputado voltou a dizer que a medida “é clara” e não autoriza aglomerações em missas e cultos.
O presidente Bolsonaro tem nos religiosos uma forte base de apoio político e eleitoral.
Fonte: Blog da Andréia Sadi – G1