O presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu na manhã desta quarta-feira (13) no Palácio da Alvorada, em Brasília, com lideranças da maior conferência de pastores do Brasil, a Convenção Geral das Assembleias de Deus. Também acompanharam a agenda na residência oficial da Presidência a ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves e a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O encontro não consta na agenda oficial de Bolsonaro, mas foi compartilhado pelo deputado federal Major Vitor Hugo. “No Palácio da Alvorada, com nosso presidente, Jair Bolsonaro, e pastores de todo o país. Agradeço, em especial, aos pastores presidentes pela presença nesse importante evento”, comentou o parlamentar no Instagram.
Em transmissão ao vivo feita pelo deputado e pré-candidato ao governo de Goiás Vitor Hugo (PL), Damares discorreu sobre a questão do aborto e o Consenso de Genebra, uma aliança internacional antiaborto, da qual fazem parte países conservadores.
O grupo é composto por países conhecidos como violadores de direitos das mulheres ou avessos ao gênero, como Arábia Saudita, Uganda, Iraque, Hungria e Rússia. Os Estados Unidos haviam aderido durante o governo Donald Trump, mas saíram da aliança no primeiro mês de gestão de Joe Biden.
Esta é parte das agendas de Bolsonaro em direção ao eleitorado evangélico. A ofensiva foi intensificada após declarações do ex-presidente Lula (PT) sobre o aborto.
Na semana passada, Lula defendeu a descriminalização do aborto no país e apontou que o tema deveria ser tratado como uma questão de saúde pública, e não como crime. Após ser alvo de críticas de religiosos e bolsonaristas, ele repetiu ser pessoalmente contrário ao aborto, mas enfatizou a defesa de que a questão precisa ser tratada como saúde pública.
Bolsonaro em Convenção das Assembleias de Deus
Bolsonaro comunicou à Frente Parlamentar Evangélica que aceitou o convite para comparecer na 45ª Assembleia Geral Ordinária da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, que acontecerá entre 18 a 21 de abril, em Cuiabá (MT).
O evento, que ocorrerá num templo que é uma espécie de ginásio, deve receber entre 10 mil a 15 mil evangélicos, segundo estimativa do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), presidente da frente. A assembleia deverá virar um ato de campanha de Bolsonaro.
Os encontros ocorrem após o escândalo que envolve o ex-ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, por suspeita de criar uma estrutura paralela no MEC controlada por lobistas evangélicos.
Folha Gospel com informações de R7 e Metrópoles