Keith O’Brien perdeu o direito de participar em assembleias e conclaves e de assessorar o pontífice em suas decisões.
O papa Francisco aceitou, nesta sexta-feira (20), a renúncia aos direitos e prerrogativas cardinalícias apresentada pelo ex-arcebispo de Edimburgo (Escócia), Keith O’Brien, envolvido em um escândalo de abusos sexuais.
O’Brien, de 77 anos, que renunciou a participar no conclave de 2013 que elegeu Francisco, perde assim o direito de participar em assembleias e conclaves, de assessorar o pontífice em suas decisões, ou seja, de assistir em Roma as reuniões da hierarquia da Igreja.
Segundo fontes religiosas, o comunicado oficial do Vaticano não especifica se ele manterá o título honorário.
Trata-se de um caso excepcional, já que apenas em 1927 aconteceu houve algo parecido, com o jesuíta Louis Billot, um dos teólogos de referência da extrema-direita francesa.
A inédita decisão do Papa foi classificada de corajosa pelo vaticanista Andrea Tornielli, que acha que Francisco quis assim confirmar sua vontade de aplicar sem hesitação a “tolerância zero” em todos os casos de abusos sexuais, mesmo quando envolva um dos chamados “príncipes da Igreja”.
O’Brien pediu perdão publicamente depois de reconhecer que manteve uma conduta sexual inadequada para um sacerdote.
[b]Fonte: AFP via Terra[/b]