O presidente do Conselho Pontifício para as Famílias, o cardeal italiano Ennio Antonelli, afirmou ontem que a convivência entre homossexuais “deve permanecer como algo privado, no âmbito das relações de amizade”, e não ser confundida com a verdadeira família.

“Há diferentes formas de convivência, mas estas não devem ser confundidas com a família, integrada por um homem e uma mulher unidos em casamento e seus filhos”, disse Antonelli em entrevista coletiva.

O prelado, o orador inicial do 6º Encontro Mundial da Família, que acontece até domingo na Cidade do México, disse aos jornalistas que cobrem o evento que esta doutrina não emana unicamente da Igreja, “mas da história dos povos”.

“A Declaração Universal dos Direitos Humanos também reconhece o valor da família”, lembrou Antonelli, que desde junho preside o dicastério para a família na Igreja Católica.

“Nós pensamos, e não só nós (…), que a experiência de convivência dos homossexuais deve permanecer como algo privado, no âmbito das relações de amizade. Claro que uma pessoa pode considerá-la boa ou ruim, isso é outro assunto, mas deve permanecer dentro do âmbito privado, como uma forma de amizade”, acrescentou.

Segundo Antonelli, uma “família sã” é essencial para produzir valores socialmente importantes, e dela emanam aqueles em que a “convivência civil” se assenta.

O líder católico disse discordar daqueles que consideram a família apenas como “tema de consumo”, não como uma instância que é fonte de valores necessários para as sociedades em que se insere.

Fonte: EFE

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