No dia 21 de setembro, a polícia chegou à casa de um casal cristão na Somalilândia, após ser alertada sobre uma “atividade suspeita”. A polícia inspecionou a casa e encontrou materiais cristãos e, por isso, prendeu o casal, que tem três filhos.
Embora a Somalilândia tenha declarado unilateralmente a sua independência em 1991, oficialmente ainda pertence à Somália, fazendo fronteira com Djibuti, Etiópia e com o estado da Puntlândia, um estado da Somália.
Durante uma coletiva de imprensa no dia 5 de outubro, um coronel da polícia afirmou que duas pessoas foram presas por propagarem o evangelho. Ele declarou que a disseminação do cristianismo é proibida e quem ousar espalhar a palavra de Deus na região deve estar ciente que enfrentará perseguição por parte dos policiais. Além disso, ele encorajou os cidadãos a denunciarem aqueles que pregam a fé cristã.
A prisão do casal tem causado grande apreensão entre a comunidade cristã local e muitas famílias têm fugido para o exterior, com receio de também enfrentarem perseguição.
A Somália é vista como um clássico caso de Estado falido moderno. Por mais de 25 anos, o país tem sido um lugar seguro para militantes islâmicos que constantemente têm os cristãos como alvo, tanto na Somália como em países vizinhos.
A Somália ocupa, desde 2019, o 3º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP). A pressão sobre os cristãos permanece no nível extremo e a violência é muito alta. O país se tornou agora uma colcha de retalhos de clãs que competem entre si, contendo milícias baseadas em clãs e grupos religiosos. Portanto, tem sido difícil ter um governo central ou qualquer tipo de governo no país.
Fonte: Portas Abertas