No domingo (9 de junho), um ataque no vilarejo de Sobame Da, perto da cidade de Sanga, na região de Mopti, no Mali, deixou inúmeros mortos, muitos deles queimados.

O vilarejo era habitado pelo povo dogon. O número inicial de mortos era 95, depois foi oficialmente revisado para 35. No entanto, uma fonte ligada à igreja católica disse que ao menos 105 pessoas morreram.

A BBC informou que um oficial local disse à Agência France Press (AFP) logo após o incidente: “Agora temos 95 civis mortos. Os corpos estão queimados. Continuamos procurando outros”.

O presidente Ibrahim Boubakar Keita, junto com o arcebispo de Bamako, visitou o vilarejo para se solidarizar com os afetados. 

Uma fonte local confirmou na sexta-feira (14) que todos os mortos eram cristãos.

O governo do Mali disse que “supostos terroristas” tinham atacado o vilarejo por volta das 3h da manhã no horário local. Mas o prefeito de Bankass, cidade da região, Moulaye Guindo, disse à agência Reuters que foram fulanis do distrito que atacaram Sobane Da, logo após o anoitecer.

Este é mais um dos numerosos ataques no Mali recentemente, alguns motivados por conflitos étnicos, outros realizados por grupos jihadistas.

Confrontos entre caçadores da etnia dogon e criadores de gado fulanis seminômades são frequentes, abastecidos por violência extremista islâmica.

Um sobrevivente que se identificou como Amadou Togo disse à AFP que “cerca de 50 homens fortemente armados chegaram com picapes e motocicletas e, primeiramente, cercaram o vilarejo e depois atacaram.

Todos que tentaram escapar foram mortos. Ninguém foi poupado – mulheres, crianças, idosos”. Nenhum grupo assumiu oficialmente a responsabilidade pelo ataque.

O Mali ocupa a 24ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019 e, mais do que nunca, precisa das orações pelos sobreviventes desse último ataque, para que sejam consolados e fortalecidos pelo espírito do Senhor; pela paz no país e pelo fim de ataques violentos; para que Deus levante e sustente sua igreja com graça e sabedoria diante da perseguição.

Fonte: Portas Abertas

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