Creio que vem chuva de vida por aí

Creio de todo coração que Deus está preparando uma coisa estranha. Sinto que está às portas. E não tardará. E o que sinto? De fato, me vem a alma o cheiro de uma chuva, de um vento molhado, de terra umedecida, de sementes mortas se abrindo, de velhos sonhos sendo ressuscitados, de primeiros amores retornando, de velhos sonhos sendo ressucitados, de vontade de amor e amizade, de disposição de viver com alegria, de temor e reverencia voltando, de amor e liberdade se abraçando em justiça e bondade, de alegria no falar a Palavra a outros, e, também, um fartura de criatividade no comunicar a Palavra a todos, desde a oportunidade de fazê-lo seguindo o bom senso, até a compulsão de gente que pára alguém na rua e, seguindo um apelo do coração, pede para orar com a pessoa, e, depois, a vê sair dizendo: “Você foi um anjo que Deus mandou hoje”.

Tenho visto e sabido estas coisas tanto no convívio com irmãos-amigos de Brasília, como também através dos milheres que me escrevem todos os meses. Sou “rodado”; mas desde os tempos em que a Igreja em Manaus era como a de Éfeso, na década de 70, que não experimento tanta alegria em pastorear; ou, na lingaguem mais leve do Caminho, mentorar os companheiros de jornada, como um irmão mais velho e experiente.

Ontem, por exemplo, escrevi para alguns líderes do Caminho da Graça, pedindo a eles que recebessem um irmão, e que entendessem as razões pelas quais eu estava retirando uma pessoa da mentoria de uma das Estações. No primeiro tema, senti aquela liberdade que não se tem em presbitério algum; e, no segundo tema, chato, senti que falava em amor e com pessoas que recebiam em amor, e que sabiam que era, sobretudo, para a cura da pessoa em questão, e não para sua descartabilidade. Coisa também que não existe nos concílios da religião.

Aqui transcrevo o texto acima mencionado:

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Queridos amigos (quatro pessoas)

Faço aqui um pedido, talvez dois.

Que recebam o (…) entre os Mentores do Caminho com todo amor, carinho e consideração, como a mim mesmo; pois, pediria isto para todos e cada um de vocês, se a posição fosse invertida.

Ele é puro de coração. Completamente. Às vezes um sábio. Às vezes um poeta. Muitas vezes um pastorzão. Quase sempre um “Forestt Gump” da bondade semi-louca que dá certo sempre; pois o coração anda em amor. Ou seja: ele sabe o que é o amor.

Mas sinto que ele ficou retraído em razão de uma discussão numa das salas virtuais do Caminho. O fato de alguém ter dito na reunião que o que se pudesse resolver lá não se troxesse a mim, o deixou preocupado e sem graça (pois ele reporta tudo a mim). E apreciaria que qualquer um de você fizessem o mesmo quando necessário. Não preciso ser informado de tudo, mas tenho que saber o que está acontecendo. E, naquele contexto, achei importante e necessário a intervenção dele a mim reportada. Assim, por favor, dêem uma abraçada nele com todo amor. Pois é um homem de alma pura e rara. Eu teria coragem de enviá-lo a qualquer lugar, não necessariamente para expressar ‘o quê’ e ‘como’ penso na ‘totalidade’. Mas não hesitaria em enviá-lo a fim de representar meu coração em qualquer lugar. Pois ele entendeu meu próprio coração. E ama o Evangelho.

Outra coisa é que a decisão em relação ao (… irmão …) foi forçada por situações verificadas por mim in loco. Não ouço outra coisa, e de muitos. Por fim, o fulano (…amigo…), que é cabeça fresca, e muito me ajuda (e que é amigo de verdade do irmão em questão), me pediu hoje que tomasse providencia urgente; pois, (o irmão …) está prejudicando muito o trabalho em razão de um modo de se conduzir com as mulheres, e que em geral fere o espirito do Evangelho; e, portanto, fere o espírito “dos do Caminho”. E há muita gente querendo se reunir, mas com ele, em razão dessas coisas, não querem. Pedi a (irmã-psicológa) que o acompanhe com ajuda psicoterápica e espiritual, já que ela tem boa relação com ele; e ele confia nela; e ela o saca bem; e. por isto, o tratará com todo amor e discernimento, a fim de que possamos ajudá-lo. Amanhã conversarei com ele pessoalmente. Amo-o. E é em amor que as coisas serão conduzidas, se ele desejar, como creio que sim.

O mais, vamos adiante; pois muitas são as chuvas de Graça que nos aguardam.

Nele,

Caio

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Continuando…

Ora, estamos vivendo agora no Caminho da Graça aquele tempo inevitável, ainda que prematuro, no qual os “empolgados” estão sentindo que a coisa é séria, e que não vim pra brincar disso.

A Graça não é Graxa!

Mas o amor é o Dogma de tudo!

De fato, o que acontece é que muitos já entenderam com a cabeça, mas as emoções ainda estão viciadas na religião; em suas manhas, seus truques, suas ambições, suas dispustas e suas malandragens. O que levaria, todavia, anos pra ser identificado sob os disfarces da “igreja”, no Caminho, pela transparencia e busca de verdade e saúde, logo se manifesta. Então a pessoa, se estiver liderando algo, tem que se decidir pelo Clube Religioso ou pelo Caminho e seu andar leve, espontaneo, e privilegiador da bondade, e não de performances; e muito menos de disputas.

Sei que de vez em quando será assim. Mas não negociaremos com o espírito do Evangelho, tanto no trato em amor (e somente quando for algo que afete a outros), como também na liberdade de deixar cada um se encontrar, com Deus, a seu tempo (sem qualquer intervenção, mas apenas quando solicitada).

O que importa é seguir a verdade em amor a partir de si mesmo. E entre nós buscamos que não haja julgamantos morais, mas apenas discernimentos espirituais. Entretanto, quando alguém vitupera a consciência dos cordeirinhos, ou defrauda alguém usando “o poder de ascendência”, esse é afastado; pois, o Evangelho não é poder para a sedução, mas para a salvação de todo aquele que crê. Para Paulo, heresia era relativizar a Cruz e a Ressurreição; bem como entrar em casa de gente carente e seduzí-las, usando o Evangelho como disfarce. Ou usar o Evangelho para extorquir. Além disso, para Jesus, heresia era impedir que qualquer pessoa viesse a Ele. O mais é comentário. Já disciplina era todo o processo de aperfeiçoar um discípulo. Disciplina é o modo do discípulo. E, antes de homens, quem faz isto é Deus mesmo, na vida e no caminho.

As chuvas vêm também dessa vivência em amor e verdade. O Espírito de Deus é quem faz isto; e é Ele quem se derrama fomentando a cura pela verdade em amor.

Ninguém se mete na vida pessoal de ninguém (a menos que solicitado), e todos são estimulados a viverem seus dons na vida, sem a “sindrome do dom de igreja”. Qualquer discipulo pode batizar, dar a ceia, e fazer tudo aquilo que antes se chamava de “atos pastorais”. Semanas atrás, lá em casa, após uma reunião, minha filha Bruna me pediu para eu participar, juntamente com a Adriana, de um batismo que uma amiga dela, realizaria sobre outra amiga, a qual, havia sido levada a Cristo pela primeira. Lindo. Emocionante. Libertador. Adulto como o Novo Testamento.

Submissão aos “Guias”(na linguagem de Hebreus) ou aos Pastores (na liguagem de Pedro) é fruto do reconhecimento da sabedoria e do conhecimento na Palavra, e que se faça acompanhar de saúde, respeito, reverencia e mansidão por todo aquele que anda adiante mostrando o Caminho.

Livre, mas não libertino. Solto, mas não largado. Amigo, mas não bandido. Inclusivo, mas não às custas do inclusivismo faccioso. Sem estatutos, porém sob a lei do amor. Sem papas humanos, mas com orientação a ser sem barganha com o Evangelho. É assim que temos tentado andar no Caminho da Graça. E há muito a percorrer. Mas jamais desistiremos. Ele é o nosso Guia.

Os resultados humanos e de crescimento espiritual nas dezenas de Estações do Caminho, e nos milhares de ínfimos grupos que espontaneamente se reunem em torno do site e da radio do site, são maravilhosos. E os números de acesso no site, no Brasil e no mundo todo, não param de crescer, aos milhares, todas as semanas. Sinto, mesmo daqui, que há um espírito de amor e vontade de andar com Deus sendo renovados e varrendo muitos corações. Agora é tempo de botar a cara para fora e, com ousadia e amor, anunciar o Evangelho; simples; sem afetamentos; sem performaticidades; porém sem temor de impora as mãos sobre os doentes, de expulsar demônios, de tratar de lunáticos, esquizofrênicos, neuróticos, paranóicos, surtados; e de abraçar os sujos pelas imundícies da moral religiosa. Sim! Sobretudo é hora de bradar para dentro de todas as portas do inferno. E algumas delas têm cara de portão de templo. Chegou a hora!

Quem ainda não ficou cínico. Quem ainda crê e sonha. Quem ainda não desitiu. Quem ainda diz: “Eu quero ver com meus olhos e sentir em meu coração” — prepare-se; pois, há tempos novos chegando.

Esta é uma palavra para todos os do Caminho da Graça, e para todos os da Graça no Caminho!

E fica aqui meu pedido aos irmãos, no Brasil e em qualquer lugar da Terra, no sentido de que criem grupos em casa; e se o fizerem no espirito do Evangelho conforme ensino, peço que ouçam a rádio do site e leiam os textos; pois, por tais meios, conferidos sempre com a Palavra, uma revolução pode acontecer em toda Terra, e não somente em nosso país. Mas para isto é preciso se dispor e ter coragem, e, sobretudo, um coração submisso à Palavra.

Assim, quem me leva à sério, preste atenção; e quem tiver comunhão com o que digo, levante-se, tome seu leito de comodidades ou amarguras religiosas, e ande no espíirito do Evangelho; fazendo discípulos de todos os grupos humanos; e ensinado-os a serem seguidores de Jesus, gente boa de Deus entre todos os humanos deste Planeta.

Nele, que é o Senhor do Caminho e de todas as Jornadas,

Caio

3/10/06

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