Educação, Tecnologia e Motivação em tempos de COVID-19

Sala de aula vazia
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Deve-se lembrar que a divulgação da linguagem escrita a todas as sociedades se deu graças à invenção do papel e da imprensa. Apesar do papel ter sido inventado na China no ano 105, seguido para o Oriente somente no século VII e para Europa no século XII, onde curiosamente é o trajeto inicial do covid-19 em 2020.

Para Pierce (1985) todas as comunicações humanas estão sustentadas por alguma classe de tecnologia da informação, seja ela em linguagem escrita ou falada, sendo a grande invenção o núcleo da tecnologia de informação e comunicação, apesar de existirem outras coisas como os gestos, e os obstáculos que desempenham papéis importantes na comunicação humana.

A tecnologia eletrônica atual é uma base técnica comum a todos os modos de comunicação. A tecnologia tem proporcionado uma troca de informação com o mundo, de maneira mais rápida e mais confiante, já que a tecnologia de informação exige uma habilidade linguística escrita para enfrentar a máquina.

A Tecnologia digital serve para o todo, além de armazenar e recuperar a informação. As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) têm servido também para organizar as diversas formas utilizadas antes da Tecnologia Digital. A tecnologia tem colaborado para mudanças na língua, nos livros, nas artes visuais, na dança, na música, na economia, na política e na sociedade, trazendo efeitos quantitativos e qualitativos sobre a civilização (BORDIGNON, 1993).

No Brasil e no mundo, estamos vivenciando um período de isolamento social, e com isso surgem a questão de como preparar as crianças e os jovens para o futuro que está em andamento. Necessidades primárias à educação – tais como alfabetizar (no sentido mais amplo da palavra), desenvolver as operações matemáticas mais elementares, ensinar os fundamentos das ciências da natureza e das ciências sociais, será um longo caminho para ser solucionadas, e já se colocam os novos problemas de um mundo no qual estão presentes as tecnologias de ponta.

Assim, com as diversidades das novas tecnologias, vê-se que se está quebrando paradigmas, isto porque as TICs surgem trazendo mudanças, onde devem estar abertas para novos rumos, novas opiniões.

As Tecnologias da Informação e Comunicação são um instrumento poderoso para melhorar a infra estrutura da sociedade e setores industriais que ainda operam de forma tradicional nesse momento de combate ao covid-19. Os benefícios vão além de estender o conhecimento e enriquecer a cultura humana, também proporcionam baixos custos para a sua execução.

Os governos deveriam estar atentos aos benefícios que as TICs oferecem a todos de modo geral, por conseguinte, deveriam incentivar através de programas regionais de desenvolvimento, os setores, buscando o bem comum nesse período de isolamento social.

Para Japiassu (1983) a qualidade da educação está relacionada com intercâmbios de conhecimentos, criações de redes interativas, projetos de pesquisas internacionais, não se esquecendo dos valores culturais e situações nacionais.

Independentemente do grau de interação, essas tecnologias estão presente no cotidiano das pessoas em todas as sociedades, em números maiores ou menores, mas sempre de forma crescente. É preciso cada vez mais oferecer aos profissionais envolvidos uma sólida formação básica e prepará-los para uma nova gestão do conhecimento, que tenha como apoio um modelo digital explorado de forma interativa, para que se possa aproveitar ao máximo os recursos disponíveis neste campo de atuação.

As TICs mudam o modo como o conhecimento é desenvolvido, adquirido e transmitido. Importante frisar que as novas tecnologias podem ser um caminho para renovar tanto o conteúdo dos cursos como os métodos de ensino, além de ampliar o acesso à educação (TEIXEIRA, 2013).

O uso das tecnologias aplicadas na educação, contribui para que ela, a educação, torne-se um elemento de transformação social, adaptado às exigências de uma sociedade globalizada. Paradoxalmente estamos vivendo interligados, conectados porém isolados.

O ser humano em geral, seja criança, adulto ou idoso é motivado por estímulos econômicos e salariais, bem como por recompensas sociais e simbólicas, haja vista que o comportamento humano é determinado por causas internas e externas.

Os benefícios empresariais levam o indivíduo a um determinado comportamento e justificam a sua satisfação na empresa. Nesse momento de isolamento social que impossibilita o acesso às instituições públicas, privadas, religiosas, acadêmicas, etc, faz surgir um problema: como manter motivada as pessoas nas mais diversas esferas sociais?

Todavia, lançando mão do uso das novas Tecnologias da Informação e Comunicação é possível motivar as pessoas, da criança ao idoso, pela possibilidade de se fazer alguma coisa para que recuperem ou mantenham o interesse pela aprendizagem dos mais diversos temas.

É um novo momento que exige uma adaptação de maneira urgente e de estratégias que diminuam os impactos sobre a educação em tempos de isolamento social.

Referências

BORDIGNON, G. Gestão democrática do sistema municipal de educação – in: Município e Educação, M. Gadotti e J.E. Romão (org.), Cortez, São Paulo, 1993 – p. 135-172;

COSTA, C.; ALVELOS, H.; TEIXEIRA, L. Motivação dos alunos para a utilização da tecnologia. wiki: um estudo prático no ensino superior. Educação e Pesquisa, v. 39, n. 3, p. 775-790, 2013.

JAPIASSU, HILTON. A pedagogia da incerteza. Rio de Janeiro: Imago, 1983.

PIERCE, B., & O’Dea, T. Management accounting information and the needs of managers. The British Accounting Review (Vol. 35, pp. 257–290), 1985.

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Helena Chiappetta
Maria HELENA Barbosa CHIAPPETTA é Psicanalista Clínica pela ABRAPSI. É Psicóloga Clínica (CRP - 02/22041), é também Neuropsicóloga. É Avaliadora Datista CORETEPE (CRTP-1041). Tem Especialização em: Psicanálise, Psicopatologia e Saúde Mental; Terapia Familiar; Arteterapia; Psicopedagogia Clínica e Institucional, e em Ciências da Religião; Licenciatura em Filosofia e em Pedagogia, além do Bacharelado em Teologia. É Bacharelanda em Psicanálise. Atualmente é Docente no SEID Nordeste e SEID Uberlândia. É Professora Convidada no Curso de Formação em Psicanálise da SNTPC. Tem experiência como docente de Hebraico Bíblico, Psicanálise e Teoria Analítica, Educação Religiosa, Artes, Teologia com ênfase em Ciências da Religião Aplicada e Liderança Institucional. Dedica-se ao estudo das neuroses atuais. É colunista deste Portal Folha Gospel. E-mail: helena.chiappetta@icloud.com Instagram profissional: @h.chiappetta
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