Textos para meditação: Salmo 19 e Romanos 10.
Só Deus conhece as pessoas. Ninguém mais. O que acontece entre um ser humano e Deus é sempre um mistério.
Quem crê no Evangelho pode andar com a segurança da vida eterna, pois conheceu e creu. Esta é a segurança.
Quem não ficou sabendo, Deus sabe, entretanto, do que tal pessoa soube. E isto é o que interessa. Deus sabe. E Deus é bom.
E como Jesus é a verdadeira luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem, esse assunto pertence a Deus. Somente Ele sabe onde a Luz brilhou.
Quem passa no caminho das Boas Novas e crê, recebe o benefício de andar pacificado e consciente—em fé—de que ele mesmo já está reconciliado com Deus; visto que Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo.
Digo isto porque confundimos o Evangelho de Jesus com a pregação da religião, ou com o testemunho dos homens.
O Evangelho é de Deus, e não dos homens. O evangelho é para os homens, mas não pertence a ninguém na Terra.
Assim, indo…anuncio a Boa Nova a toda criatura; quem crê, vive em paz; quem não crê, não é quem “não aceita a Cristo”, necessariamente; pois, muitas vezes as pessoas ouvem e rejeitam não a mensagem, mas a estranha mistura entre o que seria a mensagem e as embalagens dos mensageiro; e que para a maioria das pessoas parece não se diferenciar da mensagem; visto que boa parte do que nós chamamos de pregação da Palavra, nada mais é que pregação do Cristianismo. E o Cristianismo é um fenômeno humano de natureza político-econômico-religiosa. Portanto, um partido.
Assim, o Cristianismo é apenas uma religião como qualquer outra da Terra.
Somente Jesus sabe quem se abriu e quem se fechou para Ele.
A rejeição ao Cristianismo não é rejeição a Cristo.
Jesus é Sumo-Sacerdote segundo a ordem de Melquizedeque; portanto, é salvador não apenas dos descendentes de Abraão ou dos cristãos—pois o próprio Abraão reconheceu que Melquizedeque lhe era superior—; mas é salvador de todo ser humano para quem Deus decidir que as Suas Boas Novas devam ser aplicadas. Seja entre judeus, índios ou americanos.
É meu privilégio pregar o Evangelho. O que me deu vida eu quero que dê vida a todos também. É mandamento de Jesus. É meu prazer dizer ao mundo quem Ele é para cada criatura.
No entanto, eu sei que Deus trabalha até agora…
Sei que o Espírito sopra onde quer. Sei que a verdadeira luz ilumina a todo homem. Sei que o amor de Deus constrange corações em todas partes da Terra. Sei que Ele conhece os corações; e que Ele é amor.
E, sobretudo, eu creio que Ele é soberano e que Sua majestade é pura Graça.
De fato, o que aqui confesso é que há estrelas, jumentos, defuntos, recém-nascidos, galinhas, anjos, ventos, arcanjos, saraivadas, serafins, pregadores, querubins, uirapurus, trombetas, luares, cornetas, chuvas finas, e profecias; olhares, esturros, sussurros e berros; burros, e águias; homens e abelhas; cultos e tragédias; loucuras e sabedorias; e tudo mais que existe, gritando a voz de Deus, e chamando a todos os que habitam sobre a Terra, para que ouçam a voz do anjo que voa pelo meio do céu, e que tem “um evangelho eterno para pregar”, e que diz:
Temei a Deus, e dai-lhe glória; sim, a Ele que criou o céu, a terra, os mares e as fontes das águas.
Minha oração é para que as pedras clamem, os galos cantem, os jumentos falem, as estrelas andem pelo céu, e as muitas águas declarem a Sua Voz.
Meu clamor é para que nossas noites sejam visitadas por sonhos, e que Deus mesmo nos fale e nos ensine o que nos revelou.
Minha esperança é que a Escritura vire Palavra, e a alma não tente se fartar de letras, mas sim do espírito.
Meu desejo, de todo o coração, é que por toda terra se faça ouvir a Sua voz, e as suas palavras até os confins do mundo.
Caio