Tenho por certo que a presente geração é parte de um dos momentos mais cruciais da história humana.
Não consigo me olvidar de tal percepção. É fato. Está aí. Surge bem diante de nossos olhos.
O problema é que a maioria já nasceu nesse tempo de ebulição apocalíptica e pensa que é normal que o mundo e a vida sejam assim.
Mas não é normal. E não é papo de velho!
No entanto, devo admitir que me foi dada a chance de provar o fim de um tempo da gentileza (curto tempo) humana.
Os bandidos de minha infância eram românticos. Os maus de minha memória infantil eram uns monges quando comprados com os maus de hoje.
Até mesmo o sentido de alegria e diversão era diferente. Quem quiser saber assista aos filmes preto e branco das décadas de 50 e 60. Tudo era diferente.
Hoje estamos anestesiados pela rapidez, pela pressa, pelos botões mágicos, e, sobretudo, drogados pelo poder da corrupção, o qual se impregna em nós como vírus perverso, e faz com que a maioria se habitue à iniqüidade como coisa normal.
É verdade que a maldade dos antigos era terrível e sanguinolenta. Mas era diferente. Não era psicológica a perversidade deles. Era explicita e obvia. A nossa, todavia, é sutil como um câncer, e vai dando metástase em todos os órgãos. Nada fica sadio ante tal invasão.
Quem foram os “matadores em série” do passado? O famoso Lameque do livro de Gênesis era um menino bobo perto de nossos matadores causais.
E os filmes? Meu Deus! Vai-se a uma locadora e só se vê pedaços de corpos nas capas dos Dvds.
Afora tudo isso (e eu disse quase nada), há ainda a Terra e suas dores.
Por hora houve um amainar na angustia sobre o Planeta.
Coisas da mídia, que muda o foco e os alienados correm atrás. Pensam que se nada pensarem, que se distraírem com a morte, que se esquecerem da vida — o mundo se esquecerá de morrer de cansado e abusado.
Mas não é e jamais será assim.
Logo os estrondos estrepitosos nos farão lembrar que o que se impõe é inevitável.
Inevitável? Sim! Pois a menos que a humanidade toda, HOJE, se convertesse à consciência da vida, o que nos aguarda por certo é o Apocalipse de João, com todas as suas pragas, devastações e bizarrices.
Jesus disse para andarmos “acautelados”. Olhos bem abertos — é o que se requer!
E mais: É essencial que todos os dias verifiquemos até onde já penetrou em nós o vírus da des-sensibilização.
Ora, o melhor medidor desse fato é o amor. Pois quando o amor vai se esfriando em nós, é sinal de que a dormência do habito ao mundo morto na iniqüidade está tomando conta de nós.
Abra o olho e fuja de tudo isto!
O sapo posto na panela de água fria, e que vai sendo fervida lentamente, fica cozido sem pular fora!
Nele, em Quem me animo no amor,
Caio