Os cristãos no Paquistão enfrentam extrema perseguição em todas as áreas da vida, mas os que se converteram do islamismo enfrentam maiores níveis de hostilidade. Porém, todos os cristãos são considerados cidadãos de segunda classe no país de maioria islâmica. Eles recebem empregos considerados inferiores, sujos e desonrosos e podem até ser vítimas de trabalho forçado.

Existem alguns cristãos entre as classes médias, mas ainda são considerados piores que os muçulmanos e, muitas vezes, enfrentam grave discriminação no local de trabalho.

As igrejas cristãs existem, mas as que são ativas no evangelismo enfrentam severa perseguição da sociedade. Até os mais jovens enfrentam a hostilidade por amor a Cristo. As meninas cristãs correm o risco de sequestro e abuso sexual e, muitas vezes, são forçadas a se casarem com os agressores e a se converterem ao islã.

As notórias leis de blasfêmia do Paquistão são usadas para atingir os cristãos, e grupos extremistas islâmicos “defendem” essas leis veementemente. Em muitas situações, os grupos extremistas islâmicos chegam a atacar ou matar aqueles que acreditam que as infringiram.

“Nós estamos cansados, fracos e feridos. Ver o Irmão André e os amigos dele nos lembra de que não somos esquecidos nem estamos sozinhos; somos muito amados pelo corpo de Cristo.”, disse líder cristão no Sul da Ásia

O que mudou este ano?

O Paquistão continua sendo um dos lugares mais difíceis para se viver como cristão, e a perseguição violenta contra cristãos e ataques às igrejas continuam acontecendo.

Quem persegue os cristãos no Paquistão?

O termo “tipo de perseguição” é usado para descrever diferentes situações que causam hostilidade contra cristãos. Os tipos de perseguição aos cristãos no Paquistão são: paranoia ditatorial, opressão islâmica, hostilidade etno-religiosa, corrupção e crime organizado.

Já as “fontes de perseguição” são os condutores/executores das hostilidades, violentas ou não violentas, contra os cristãos. Geralmente são grupos menores (radicais) dentro do grupo mais amplo de adeptos de uma determinada visão de mundo. As fontes de perseguição aos cristãos no Paquistão são: oficiais do governo, grupos religiosos violentos, líderes religiosos não cristãos, grupos paramilitares, partidos políticos, parentes, grupos de pressão ideológica, cidadãos e quadrilhas, líderes de grupos étnicos, redes criminosas, organizações multilaterais.

Quem é mais vulnerável à perseguição no Paquistão? 

Todos os cristãos correm o risco de perseguição no Paquistão, principalmente os ex-muçulmanos. 

Como as mulheres são perseguidas no Paquistão? 

Mulheres e meninas cristãs são particularmente vulneráveis no Paquistão. Elas são frequentemente sequestradas, abusadas sexualmente, forçadas a se casar com o sequestrador e convertidas à força. As autoridades não protegem as mulheres e meninas e, com frequência, se aliam ao agressor. Elas também são forçadas a testemunhar em tribunal que se converteram voluntariamente ao islamismo. As famílias cristãs que tentam desafiar o casamento forçado são frequentemente acusadas de assediar a outra família muçulmana. Uma vez casada, a mulher cristã não tem proteção contra a família do marido.  

Também há relatos de tráfico de meninas cristãs para trabalho forçado e uma rede de prostituição que envia meninas cristãs para a China. 

Como os homens são perseguidos no Paquistão? 

Existem centenas de casos de homens cristãos acusados de infringir as leis de blasfêmia do país. Esse argumento é usado para atingir os cristãos durante disputas relacionadas a trabalho ou arrendamento de terras. Os cristãos vivem em constante medo de acusação de blasfêmia, destruição de propriedade particular, prisão, agressão física e execução. 

O que a Portas Abertas faz para ajudar os cristãos no Paquistão? 

A Portas Abertas promove apoio espiritual por meio de campanhas de oração em favor dos cristãos perseguidos no Paquistão. 

Como posso ajudar os cristãos perseguidos? 

Além de orar por eles, você pode ajudar de forma prática doando para os projetos da Portas Abertas de apoio aos cristãos perseguidos. Doando para esta campanha, sua ajuda vai para locais onde a necessidade é mais urgente. 

HISTÓRIA DA IGREJA NO PAQUISTÃO

De acordo com os registros de Eusébio de Cesareia no século 4, tido como o pai da história da igreja, os apóstolos Tomé e Bartolomeu foram designados para Parthia (Irã moderno) e Índia. No momento do estabelecimento do Segundo Império Persa (226 d.C.), havia bispos da Igreja do Oriente no noroeste da Índia, Afeganistão e Baluchistão (Paquistão), incluindo partes do Irã e outras regiões do Afeganistão e Paquistão, com leigos e clérigos envolvidos na atividade missionária.

O trabalho missionário católico romano decolou no continente indiano com a chegada dos portugueses no século 16 e se estabeleceu em Lahore em 1570. Em tempos mais modernos, o cristianismo foi estabelecido por meio do trabalho missionário protestante no final do século 18 e início do século 19 e continuou a crescer desde então. No entanto, devido à crescente pressão em anos recentes, muitos cristãos fugiram para o exterior, para países como Sri Lanka e Tailândia. 

REDE ATUAL DE IGREJAS

A Igreja Católica Romana e a Igreja Anglicana são exemplos de comunidades cristãs históricas no Paquistão. Elas enfrentam crescente hostilidade e experimentam dificuldades em obter permissões para determinados encontros. Elas têm que lidar com forte controle e monitoramento.

Os cristãos ex-muçulmanos carregam o peso da perseguição, tanto de grupos radicais islâmicos, que os veem como apóstatas, como da família, amigos e vizinhos, que veem a conversão como um ato vergonhoso e traição à família e comunidade.

A comunidade cristã não tradicional é formada pelos evangélicos em geral. Eles são frequentemente hostilizados e atacados, principalmente quando são ativos em evangelismo entre muçulmanos.

Fonte: Portas Abertas

Comentários