O Conselho Nacional Evangélico do Peru (CONEP) saudou o presidente Alan García e expressou esperança de que o novo governo assuma o compromisso de “velar pelo bem comum, administrar a justiça e restituir a dignidade dos peruanos e peruanas, especialmente dos pobres e excluídos”.

O CONEP disse que o governo recebeu o mandato para abordar as tarefas pendentes e impostergáveis para o fortalecimento da democracia, incluindo em sua agenda política a luta contra a corrupção e a pobreza, a igualdade entre os peruanos e a atenção às vítimas da violência.

“O país necessita com urgência de um efetivo rearmamento moral”, sustentou o CONEP em carta pastoral emitida na quinta-feira, assinada por Rafael Goto Silva e Víctor Arroyo Cuyubamba, respectivamente presidente e secretário executivo dessa organização. Ela entende que para atacar a corrupção devem prevalecer relações sociais, econômicas e políticas transparentes.

“Fazemos um chamado para que o governo assuma uma liderança efetiva neste sentido, e concretize uma vontade política para executar com eficácia as medidas que se requeiram”, afirmam na carta.

O documento alerta que a pobreza é um assunto do Estado, mas também da sociedade civil. “É necessário estabelecer políticas eficazes que busquem reduzir a pobreza e as grandes brechas que existem na nossa sociedade entre ricos e pobres”, instou o CONEP. O organismo evangélico também advogou uma postura ética que supere “as indiferenças” e o “individualismo egocêntrico” frente à pobreza.

O CONEP animou o governo do presidente García a “exercer uma liderança política que impulsione no país uma democracia onde não existam nunca mais cidadãos e cidadãs de primeira, segunda ou terceira categoria”, para que “ninguém se sinta estrangeiro em sua própria terra”, nem tenha espaço qualquer tipo de discriminação por idéias, idade, sexo, cultura, religião ou condição social.

A carta pastoral destacou a necessidade de se fazer justiça para os que sofreram violência política. “É preciso fazer justiça aos que foram vítimas da violência. É preciso reparar o que deve ser reparado no nome de Deus, e por uma ação plena e autêntica de reconciliação”, demandou o CONEP.

Fonte: ALC

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