O candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro pelo PRB, senador Marcelo Crivella, disse nesta quinta-feira que, se eleito, vai manter em funcionamento o programa Damas, da Secretaria Municipal de Assistência Social, que oferece bolsas de qualificação profissional para travestis e transgêneros.

Como evangélico, Crivella se opôs no Senado ao projeto de lei complementar 122/2006 –que torna crime a discriminação contra homossexuais– e à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 70/2003 –que prevê o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo.

Em entrevista ao jornal RJTV, da TV Globo, o bispo da Igreja Universal disse que fará um governo sem homofobia e sem “patrulhamento religioso”.

“Esse programa [Damas] é muito humanista. Não vou praticar nenhum tipo de discriminação e não vou fazer patrulhamento religioso, mas não abro mão da minha opinião. Cada um tem a sua”, disse Crivella, que em discurso no Senado qualificou o homossexualismo como “errado” e “claramente antinatural”.

O projeto Damas oferece bolsas de R$ 240 durante quatro meses para que travestis e transgêneros que trabalham na prostituição participem de palestras socioeducativas e aulas de capacitação profissional. O programa também inclui estágio em empresas privadas, ONGs ou órgãos públicos.

Crivella prometeu ainda manter o direito de companheiros de servidores homossexuais a receberem previdência e plano de saúde, mas disse “que esse direito deve ser harmonizado com o direito das pessoas discordarem”. “Não temos a obrigação de pensarmos todos da mesma maneira. Temos a obrigação de nos respeitar”, disse.

Fonte: Folha Online

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