O governo de Santa Catarina liberou os cultos e as missas, a abertura de shoppings, centros comerciais e restaurantes, e o exercício físico em parques, praias e em academias, atividades que estavam proibidas desde março por causa da pandemia do novo coronavírus.
O anúncio foi feito em coletiva nesta segunda-feira (20). Ainda não há previsão para a volta das aulas e nem do transporte público.
Esta nova etapa de flexibilização ocorre porque o governo considera que avanço da doença está, de certa forma, estabilizado.
No sábado (18), o estado divulgou que a taxa de transmissão do vírus teve queda desde que foi decretada a quarentena, em 17 de março. Santa Catarina tem 1.063 casos de Covid-19, incluindo 35 mortes.
Na portaria que autoriza a liberação de igrejas e templos religiosos, o secretário estadual de Saúde, Helton Zeferino, destacou que “o modelo epidemiológico escolhido pelo Governo do Estado de Santa Catarina aponta para uma redução da taxa de transmissibilidade (Rt) compatível, neste momento, com a disponibilidade de leitos e de estrutura de saúde existentes para enfrentamento da Covid-19”.
As regras para igrejas e templos religiosos:
– A lotação máxima autorizada será de 30% da capacidade da igreja ou do templo;
– Os lugares de assento deverão ser disponibilizados de forma alternada entre as fileiras de bancos, devendo estar bloqueados de forma física aqueles que não puderem ser ocupados;
– O atendimento aos integrantes dos grupos de risco como idosos (acima de 60 anos), hipertensos, diabéticos e gestantes deverá ser realizado exclusivamente em domicílio;
– Deve ser assegurado que todas as pessoas que entrem nos locais estejam usando máscara e higienizem as mãos com álcool gel 70%;
– Os atendimentos individuais deverão ser agendados;
– Os templos devem disponibilizar álcool gel para uso das pessoas;
– Todos os fiéis e colaboradores deverão usar máscaras de tecido durante todo o período em que estiverem no interior do templo religioso ou da igreja;
– Nos cultos em que houver a celebração de ceia, com partilha de pão e vinho, ou celebração de comunhão, os elementos somente poderão ser partilhados se estiverem pré-embalados para uso pessoal.
– O responsável pelo templo deve orientar aos frequentadores que não poderão participar dos cultos, missas e liturgias caso apresentem sintomas de resfriados ou gripe.
Para os colaboradores
– Igrejas e templos devem priorizar o afastamento, sem prejuízo, de colaboradores pertencentes ao grupo de risco, como pessoas com idade acima de 60 anos, hipertensos, diabéticos, gestantes e imunodeprimidos;
– Disponibilizar e exigir o uso das máscaras para os colaboradores para a realização das atividades;
– Durante os atendimentos deverá ser mantida a distância mínima de 1,5 metros entre as pessoas;
– Colaboradores que apresentarem sintomas de Covid-19 devem buscar orientações médicas e serem afastados do trabalho e do atendimento ao público por no mínimo 14 dias, ou conforme determinação médica;
– Manter todas as áreas ventiladas, incluindo, caso exista, os locais de alimentação;
– Deverá ser intensificada a higienização das mãos, principalmente antes e depois do atendimento de cada fiel;
– Realizar procedimentos que garantam a higienização contínua da igreja ou do templo religioso com desinfetantes e realizar frequente desinfecção com álcool 70%;
UTIs
O estado tem atualmente 53 pessoas com Covid-19 e 50 com suspeita da doença internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais públicos e privados. O estado está com 69 leitos do tipo reservados para pacientes com infecção por coronavírus pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O índice de ocupação é de 18,11%.
Até esta segunda, 149 pessoas haviam recebido alta da terapia intensiva para a enfermaria no estado.
Em coletiva, o governador Carlos Moisés (PSL) e o secretário de Saúde Helton Zeferino disseram que a liberação pode ser suspensa a qualquer momento, que as prefeituras podem adotar medidas mais restritivas e pediram que a população só saia de casa quando necessário. O uso de máscaras é obrigatório em todo o território catarinense.
Fonte: G1 e NSC