Bandeira de Bangladesh (Foto: Canva)
Bandeira de Bangladesh (Foto: Canva)

Nesta quinta (8), o prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus assumiu interinamente o cargo de premiê em Bangladesh, dias depois da queda da primeira-ministra Sheikh Hasina, pressionada por protestos estudantis durante semanas.

Durante o período crítico, a lei e a ordem estiveram totalmente ameaçadas. Muitas delegacias foram saqueadas e destruídas. Alguns policiais foram mortos no caos, de modo que algumas regiões estão sem um único oficial em serviço, ou seja, a população está sem proteção alguma.

Grupos criminosos e radicais aproveitaram a situação para espalhar violência e vandalismo contra comunidades minoritárias. Muitas casas de cristãos foram incendiadas e saqueadas, igrejas foram ocupadas ilegalmente e inúmeros atos de depredação foram cometidos contra minorias religiosas em Bangladesh, como os cristãos.

O grupo mais vulnerável agora são os cristãos de origem muçulmana. Há cada vez mais rumores da formação de um Estado islâmico. Nesse contexto, aqueles que deixaram o islã para seguir a Jesus estão extremamente vulneráveis. Todos os dias eles recebem ameaças de que pagarão o preço por terem se convertido ao cristianismo.

Muitos cristãos de origem muçulmana estão em busca de abrigo ou escondidos em refúgios. “Não conseguimos dormir à noite porque os radicais invadem e roubam as casas. Por favor, orem por nós. Não sabemos o que vai acontecer”, disse um parceiro local da Portas Abertas.

“A lei e a ordem são nossa primeira tarefa (…) Não podemos dar um passo adiante a menos que solucionemos a situação da lei e da ordem”, declarou poucas horas antes o economista de 84 anos, ao retornar para seu país vindo da França, onde assistia aos Jogos Olímpicos.

Conhecido como “banqueiro dos pobres”, Muhammad Yunus venceu o Nobel da Paz em 2006 por ter criado um sistema de microcrédito para a população em zonas rurais. Na época, a medida pioneiro na área contribuiu para tirar milhões de pessoas da pobreza no país.

Fonte: BOL e Portas Abertas

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